Mais de 57% dos desempregados não têm acesso a subsídio

Instituto de Segurança Social dá conta de menos desempregados a receber prestações no final de 2014.

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Em média cada desempregado subsidiado recebeu 462,6 euros por mês PAULO PIMENTA

Os números da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, o subsídio social de desemprego inicial, o subsídio social subsequente e o prolongamento do subsídio social de desemprego que são pagos aos desempregados que estão inscritos nos centros de emprego e cumprem os requisitos legais de acesso. 

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Os números da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, o subsídio social de desemprego inicial, o subsídio social subsequente e o prolongamento do subsídio social de desemprego que são pagos aos desempregados que estão inscritos nos centros de emprego e cumprem os requisitos legais de acesso. 

Tendo como referência o número de inscritos em Novembro nos centros de emprego, a taxa de cobertura dos subsídios é de 51%. Mas se olharmos para o total de desempregados registado pelo INE em Novembro, estas prestações chegam a apenas 43% dos desempregados, deixando de fora mais de metade das pessoas que dizem não ter emprego.

O Porto é o distrito cujo número de beneficiários com prestações de desemprego foi mais elevado, tendo sido atribuídos subsídios a 64.283 pessoas. Seguem-se os distritos de Lisboa (59.650), de Setúbal (26.113) e de Braga (24.757).

Os desempregados subsidiados receberam em Dezembro de 2014 as prestações mais baixas dos últimos quatro anos (na comparação com os meses homólogos). De acordo com os dados agora divulgados, cada pessoa recebeu 462,6 euros por mês, menos 15,5 euros do que em 2013. Em relação a Novembro o valor médio das prestações aumentou menos de 60 cêntimos. 

A redução do número de subsidiados está em contraciclo com o aumento do desemprego verificado pelo INE nos últimos meses do ano passado, mas parece ir no mesmo sentido da diminuição do número de inscritos nos centros de emprego.