Afinal a liberdade francesa tem limites

Com o regresso às bancas do Charlie Hebdo vieram ontem a lume duas notícias dignas de nota. Primeira: a Al-Qaeda veio assumir a responsabilidade pelos ataques terroristas, elogiando os assassinos como heróis. Verdade ou aproveitamento, a “revelação” veio acompanhada de novas ameaças: “Podem procurar paz e estabilidade, mas não as vão encontrar, só tragédias e terror”. É preciso estar ainda mais atento. A segunda é a prisão do humorista Dieudonné por ter publicado no seu Facebook uma mensagem dizendo: “Sinto-me Charlie Coulibaly”, juntando o nome do jornal ao apelido do assassino de quatro pessoas no supermercado judaico. Isto quer dizer que a liberdade de expressão em França não é assim tão livre. Será muito difícil distinguir entre provocações infames como as do anti-semita Dieudonné e verdadeiras ameaças à integridade dos cidadãos? Se a França não conseguir fazê-lo, depressa cairá na armadilha que lhe lançaram.

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Com o regresso às bancas do Charlie Hebdo vieram ontem a lume duas notícias dignas de nota. Primeira: a Al-Qaeda veio assumir a responsabilidade pelos ataques terroristas, elogiando os assassinos como heróis. Verdade ou aproveitamento, a “revelação” veio acompanhada de novas ameaças: “Podem procurar paz e estabilidade, mas não as vão encontrar, só tragédias e terror”. É preciso estar ainda mais atento. A segunda é a prisão do humorista Dieudonné por ter publicado no seu Facebook uma mensagem dizendo: “Sinto-me Charlie Coulibaly”, juntando o nome do jornal ao apelido do assassino de quatro pessoas no supermercado judaico. Isto quer dizer que a liberdade de expressão em França não é assim tão livre. Será muito difícil distinguir entre provocações infames como as do anti-semita Dieudonné e verdadeiras ameaças à integridade dos cidadãos? Se a França não conseguir fazê-lo, depressa cairá na armadilha que lhe lançaram.