A nova pele da velha serpente

Neste momento tudo parece reduzir-se a um inofensivo jogo de gato e rato: os manifestantes anti-islâmicos alemães tentam conquistar apoios e levar cada vez mais gente às ruas e os seus opositores vão-lhes fechando portas, ou melhor, apagando luzes, para que se movam em palcos sem holofotes e desistam. Nuns casos resulta, noutros não. Dresden, por exemplo, está a tornar-se no seu reduto. E Dresden fica na Saxónia, no lugar da antiga RDA, onde em tempos nasceram as manifestações pela democracia e agora emergem estas de sinal contrário. Dizem os comentadores, com cautela, que o movimento não vive só de extremistas, também o apoiam reformados e jovens. Recuando décadas, podiam dizer o mesmo do nazismo. Mas vimos onde isso conduziu. O que é possível fazer, e não foi feito com o nazismo, é extirpar a tempo as causas da islamofobia. Para que a nova pele da velha serpente não volte a cegar-nos, outra vez.

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Neste momento tudo parece reduzir-se a um inofensivo jogo de gato e rato: os manifestantes anti-islâmicos alemães tentam conquistar apoios e levar cada vez mais gente às ruas e os seus opositores vão-lhes fechando portas, ou melhor, apagando luzes, para que se movam em palcos sem holofotes e desistam. Nuns casos resulta, noutros não. Dresden, por exemplo, está a tornar-se no seu reduto. E Dresden fica na Saxónia, no lugar da antiga RDA, onde em tempos nasceram as manifestações pela democracia e agora emergem estas de sinal contrário. Dizem os comentadores, com cautela, que o movimento não vive só de extremistas, também o apoiam reformados e jovens. Recuando décadas, podiam dizer o mesmo do nazismo. Mas vimos onde isso conduziu. O que é possível fazer, e não foi feito com o nazismo, é extirpar a tempo as causas da islamofobia. Para que a nova pele da velha serpente não volte a cegar-nos, outra vez.