Irlanda disposta a deixar Microsoft entregar emails às autoridades americanas

Justiça dos EUA quer dados de um utilizador que estão guardados em servidores em solo irlandês.

Foto
A Microsoft tem resistido à pressão para ceder a informação à justiça Reuters

A disponibilidade mostrada constrasta com as dificuldades que as autoridades muitas vezes encontram para acederem a informação que está sob a jurisdição de outros países, mesmo que tenha sido criada por utilizadores dos países em que operam.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A disponibilidade mostrada constrasta com as dificuldades que as autoridades muitas vezes encontram para acederem a informação que está sob a jurisdição de outros países, mesmo que tenha sido criada por utilizadores dos países em que operam.

As autoridades irlandesas declararam, através de um documento entregue a um tribunal americano, que estariam dispostas a permitir o acesso aos dados, sob condições que garantissem a soberania irlandesa.

A Microsoft tem sido pressionada pelo Departamento de Justiça dos EUA para entregar a informação de um utilizador como parte de uma investigasção judicial, mas tem alegado que isso violaria a lei irlandesa, onde se encontram os servidores em que a informação está. Os investigadores, por seu lado, contrapõem que a empresa pode aceder aos dados a partir das suas instalações em território americano e que isso é suficiente.

Os pedidos de autoridades governamentais e judiciais às grandes empresas de Internet são comuns, mas nem sempre aceites. Google, Twitter, Facebook e Microsoft publicam o que chamam relatórios de transparência, com as listas de pedidos feitas por cada país.