Ave, John Lanchester

Considerando que somos quase todos quase analfabetos nas línguas da economia e das finanças, incito à leitura do breve e claríssimo glossário que é How to Speak Money.

Considerando que somos quase todos quase analfabetos nas línguas da economia e das finanças, incito à leitura do breve e claríssimo glossário que é How to Speak Money.

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Considerando que somos quase todos quase analfabetos nas línguas da economia e das finanças, incito à leitura do breve e claríssimo glossário que é How to Speak Money.

Literariamente é uma obra-prima da escrita técnica. Tudo é exacto e compreensível. Aprendemos tanto quanto nos rimos. Lanchester disse que o escreveu para podermos ler o Wall Street Journal sem brancas. A inescapável Lucy Kellaway, no Financial Times, contornou a referência ao jornal concorrente e engraxou os leitores do FT, dizendo que já sabiam tudo o que Lanchester explica.

É mentira. É um erro. Eu, tal como muitos outros, leio o FT todos os dias sem perceber tudo o que anunciam e comentam sobre economia e finanças. Bastou-me ler o livrinho de John Lanchester para passar a perceber tudo.

A economia e as finanças, públicas e individuais, são tão importantes para a vida de cada um como os estados de espírito, as manias e as ideias que nos animam, um a um.

Os romances de John Lanchester são trapalhões e forçados, mas tudo o que escreve sobre o dinheiro (que não será novidade para quem lê quinzenalmente o sempre interessante London Review of Books) vale ouro.

How to Speak Money é um cruzamento sagrado entre um escritor esclarecido e a fundação económico-financeira da nossa actividade e existência.