Crescimento da zona euro desacelera para mínimo dos últimos 16 meses

Índice da Markit, divulgado esta quinta-feira, aproxima-se do valor que indica um cenário de contracção.

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Política expansionista do BCE ajudou os bancos pela valorização de activos. REUTERS/Alex Grimm/File

A primeira estimativa do índice PMI (Purchasing Managers Index) composto da zona euro - que inclui tanto a produção da indústria como a actividade do sector dos serviços - para Novembro é de 51,4 pontos, contra um valor de 52,1 pontos em outubro, o que constitui o valor mínimo desde Julho de 2013.

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A primeira estimativa do índice PMI (Purchasing Managers Index) composto da zona euro - que inclui tanto a produção da indústria como a actividade do sector dos serviços - para Novembro é de 51,4 pontos, contra um valor de 52,1 pontos em outubro, o que constitui o valor mínimo desde Julho de 2013.

Um índice PMI inferior a 50 pontos significa contracção, enquanto um superior indica expansão da actividade.

O crescimento da produção da indústria acelerou ligeiramente para um máximo dos últimos quatro meses, mas o ritmo de expansão continuou a ser modesto. Entretanto, o crescimento da actividade comercial no sector dos serviços atenuou-se pelo quarto mês consecutivo para um mínimo desde Dezembro de 2013.

O volume de novos negócios caiu pela primeira vez desde Julho de 2013, mas muito ligeiramente, devido à queda de novas encomendas, que caíram pelo terceiro mês consecutivo.

Depois de ter aumentado ligeiramente pela primeira vez nos últimos 11 meses em Outubro, o emprego estabilizou em Novembro.

Por países, a Markit sublinha que o crescimento na Alemanha atingiu o nível mais baixo desde Julho de 2013 e que o fraco crescimento de França continua a constituir um obstáculo importante para o crescimento da zona euro.

"O recuo do índice PMI composto da zona euro para o nível mais baixo dos últimos 16 meses em Novembro reaviva o espectro de um regresso à contrcação na região", refere o economista da Markit Chris Williamson.

Chris Williamson refere que os "recentes anúncios do Banco Central Europeu e medidas de relançamento adoptadas ainda não produziram qualquer efeito positivo no crescimento".