Francesa Castel compra 49,9% do negócio da Sumol+Compal

Accionista da cervejeira angolana Cuca e um dos maiores produtores mundiais de vinho e cerveja deu 88,2 milhões de euros pela Sumol+ Compal Marcas

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Sumol passa a ter capital francês

No texto, a Sumol+Compal diz esperar que o acordo agora celebrado “contribua para o desenvolvimento das principais marcas da empresa em diversos mercados do continente africano”. O grupo Castel é um dos maiores produtores mundiais de cerveja e refrigerantes e o segundo maior em África. Tem uma participação dominante na Companhia da União de Cervejas de Angola (associados a parceiros locais), dona de marcas como a cerveja Cuca.

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No texto, a Sumol+Compal diz esperar que o acordo agora celebrado “contribua para o desenvolvimento das principais marcas da empresa em diversos mercados do continente africano”. O grupo Castel é um dos maiores produtores mundiais de cerveja e refrigerantes e o segundo maior em África. Tem uma participação dominante na Companhia da União de Cervejas de Angola (associados a parceiros locais), dona de marcas como a cerveja Cuca.

“Este negócio abre boas perspectivas para o desenvolvimento das nossas principais marcas no continente africano, nomeadamente na abordagem a mercados onde ainda não estamos presentes”, disse Duarte Pinto, presidente da SUMOL+COMPAL.

A SUMOL+COMPAL Marcas é a sociedade do Grupo SUMOL+COMPAL que desenvolve como actividades principais a gestão de marcas e a produção e comercialização de bebidas de alta rotação. O grupo é detido pela Refrigor (81%), pelo Fundo de Capital de Risco Grupo da Caixa Geral de Depósitos (10,5%) e o restante está disperso em bolsa. Recorde-se que em Agosto, a Refrigor, controlada pela família Eusébio, aumentou a sua posição na empresa, comprando cerca de 10% de participação à CGD, com quem a então Sumolis fez parceria para a compra da Compal à Nutrinveste em 2005.

A Sumol+Compal abriu a sua primeira fábrica fora de Portugal em Moçambique, país para onde aumentou as vendas na ordem dos 40% em 2013. É através desta unidade que vende sumos e néctares para outros países da chamada SADC (Southern African Development Community). O continente africano é, aliás, o principal destino de exportações e o ano passado 42% da produção foi alocada aos mercados internacionais.

Angola é o maior mercado da Sumol+Compal, mas teve, no ano passado, um “crescimento moderado”. A empresa vai avançar com a construção de uma unidade de produção e embalamento neste país, projecto sempre assumido como uma das “prioridades estratégicas”. A venda de 49,9% do capital à Copagef, agora anunciada, permite à empresa portuguesa acelerar a sua expansão e reforçar presença nas prateleiras do retalho e restauração angolanas.

Outras duas empresas de bebidas nacionais tentam há muito produzir em Angola. Depois de já ter tido planos para construir uma fábrica de raiz em Angola, que nunca chegou a avançar, a Sociedade Central de Cervejas optou por fazer uma parceria com a Sodiba, empresa controlada por Isabel dos Santos e o marido, Sindika Dokolo. A marca Sagres será produzida sob licença em 2015 .Também a Unicer continua a manter as previsões de produção local em 2016, no âmbito da Única, a joint-venture que cervejeira nortenha tem com accionistas angolanos.

No âmbito desta transacção será assinado um acordo parassocial entre a Sumol+Compal e a Copagef “que regulará as relações entre estas enquanto accionistas da Sumol+Compal Marcas”. “A Sumol+Compal SA manterá o domínio sobre a Sumol+Compal Marcas, continuando a assegurar a eleição da maioria dos membros do seu conselho de administração”.