Acções da Portugal Telecom suspensas

Decisão da CMVM surge após anúncio da oferta de Isabel dos Santos pelas acções da empresa.

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Activos da PT em Portugal estão a ser alvo de ofertas João Gaspar

O objectivo da suspensão é, de acordo com o Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o de " permitir aos investidores a análise dos comunicados divulgados ao mercado sobre a sociedade emitente”.

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O objectivo da suspensão é, de acordo com o Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o de " permitir aos investidores a análise dos comunicados divulgados ao mercado sobre a sociedade emitente”.

No domingo, Isabel dos Santos ofereceu, através da sua empresa Terra Peregrin, 1,35 euros por cada acção da PT SGPS, o que significa que está a valorizar a empresa em 1210 milhões de euros. O valor da oferta está 11% acima da última cotação da PT que fechou a sessão da passada sexta-feira na bolsa de Lisboa a valer 1,217 euros por acção. As acções da PT têm registado nos últimos meses fortes quebras, afectadas negativamente pelas perdas potenciais da empresa com os títulos de dívida adquiridos junto do Grupo Espírito Santo (GES).

A administração da Portugal Telecom SGPS tem agora oito dias corridos para se pronunciar sobre a oferta. A Terra Peregrin tem 20 dias corridos para enviar à CMVM o pedido de registo da oferta de aquisição sobre a PT SGPS.

A PT SGPS é uma holding que deixou de contar com quaisquer activos operacionais, tendo apenas nas suas mãos, para além da dívida do GES, uma participação na Oi que será de 25,6% após a fusão programada com a empresa brasileira. Isabel dos Santos diz, em comunicado, que o objectivo da OPA é alcançar uma posição “relevante, mas minoritária e não de controlo, no capital da Oi”, assegurando ao mesmo tempo “manutenção da unidade do grupo Portugal Telecom".