Cristiano Ronaldo e Pepe iniciaram o fim da invencibilidade do Barcelona

Catalães entraram a vencer no clássico espanhol, mas foram impotentes para travar a reacção do Real. Madeirense marca há 11 jogos consecutivos e somou 16.º golo no campeonato.

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Cristiano Ronaldo festeja o primeiro golo do Real Madrid em Santiago Bernabéu Juan Medina/Reuters

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O Barcelona apresentou-se em Madrid como líder invicto da Liga e sem qualquer golo sofrido nas primeiras oito rondas da prova. Argumentos de peso que ainda saíram reforçados com a vantagem madrugadora. A titularidade de Luis Suárez foi a grande novidade do técnico Luis Enrique para a impressionante frente atacante dos catalães, que incluía ainda Lionel Messi e Neymar. Após uma suspensão de quatro meses, a punir a inusitada dentada ao italiano Chiellini no Mundial do Brasil, o uruguaio voltava aos relvados e, na primeira vez que tocou na bola, arrancou um cruzamento, na direita, para encontrar Neymar no lado oposto, com o brasileiro a flectir para o meio e a inaugurar o marcador, após tirar dois defesas da frente.

O Real procurou responder de imediato, partindo velozmente para cima do adversário e, aos 11’, um cabeceamento de Benzema fez tremer a trave da baliza de Bravo, após um cruzamento de Ronaldo. O Barcelona acusou o toque e procurou monopolizar a bola, com o futebol apoiado que é a sua imagem de marca. O ritmo baixou consideravelmente e quase adormeceu fatalmente a equipa de Madrid, acordada repentinamente com Messi à porta da baliza de Casillas, valendo o guarda-redes da casa para impedir o segundo golo. Ficava também demonstrado que este não seria um clássico para as medidas do astro argentino, que se foi apagando no decorrer do encontro.

Do outro lado, a supestrela Ronaldo também não estava em dia particularmente inspirado, mas nem assim deixou de amealhar pontos na sua conta pessoal. Aos 34’, Gerard Piqué tocou a bola com o braço na área e o madeirense foi chamado a cobrar o penálti. Guarda-redes para um lado, bola para o outro e estava feito o 16.º golo do português no campeonato em nove jogos (média de 1,7 por partida). Ronaldo marca há 11 partidas consecutivas em todas as competições (e apontou o 14.º em clássicos com o Barcelona). Estava feito o empate, em Santiago Bernabéu, que encerrou o primeiro tempo.

O golo moralizou o Real que iria entrar de rompante na segunda metade, chegando à vantagem logo no recomeço (50’ de jogo). De novo de bola parada, desta vez um canto cobrado pelo alemão Kroos, que Pepe cabeceou para as redes, sem oposição, nas alturas. Confirmada a reviravolta no marcador, a equipa da casa cedeu a iniciativa ao Barcelona, espreitando o contra-ataque e voltou a ser feliz. Aos 61’, Iniesta perdeu uma bola no meio-campo, com Isco a conduzir o lance, que passou pelos pés de Ronaldo e James, antes do colombiano assistir Benzema para o 3-1. Estava escrita a história do clássico, que deixou as duas equipas separadas por apenas um ponto na classificação.

City alegra Mourinho

Em Inglaterra, o jogo grande da jornada está marcado para este domingo em Old Trafford, onde o Manchester United recebe o Chelsea. Uma partida que viu reforçado o seu interesse após a derrota deste sábado do Manchester City no terreno do West Ham, por 2-1. É que, em caso de vitória, a equipa de José Mourinho pode reforçar a sua liderança na classificação.

O desaire do City teve já como consequência a perda do segundo lugar da equipa de Manchester, que foi ultrapassada pelo extraordinário Southampton, orientado pelo holandês Ronald Koeman, ex-técnico do Benfica, que bateu este sábado o Stoke City, por 1-0. Sadio Mané foi o autor do único golo, num encontro em que o defesa central português José Fonte foi titular. Com este resultado, o Southampton é agora o principal perseguidor do Chelsea, com menos três pontos que os londrinos.