O oposto do libelo

Gerações inteiras de moscas e mosquitos que nunca deveriam ter nascido andam para aí a aterrorizar as populações, deslumbradas pelo milagre de estarem vivas ou, no caso das mais velhas, de ainda estarem vivas.

Já as tínhamos visto nas praias de Cascais, Carcavelos e da Torre, policiando as águas do mar, sem jamais chatear um único ser humano, ao contrário das moscas e dos mosquitos que andam doidos com o calor. Gerações inteiras de moscas e mosquitos que nunca deveriam ter nascido andam para aí a aterrorizar as populações, deslumbradas pelo milagre de estarem vivas ou, no caso das mais velhas, de ainda estarem vivas.

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Já as tínhamos visto nas praias de Cascais, Carcavelos e da Torre, policiando as águas do mar, sem jamais chatear um único ser humano, ao contrário das moscas e dos mosquitos que andam doidos com o calor. Gerações inteiras de moscas e mosquitos que nunca deveriam ter nascido andam para aí a aterrorizar as populações, deslumbradas pelo milagre de estarem vivas ou, no caso das mais velhas, de ainda estarem vivas.

No PÚBLICO de anteontem, uma brilhante reportagem de Marisa Soares demonstrava a felicidade daquelas travessias. Entrevistando Albano Soares e Ernestino Maravilhas, dois entomologistas inspirados e entusiastas – daqueles que motivam quem os ouve –, transmitiu-nos a explicação comovente e científica do que está a acontecer.

É impossível condensar aqui: façam o favor de ir ler, que darão o tempo por bem empregue.

A fotografia espantosa que faz saltar o texto – mostrando um casal de libélulas – foi tirada pelo próprio Albano Soares. O PÚBLICO agradece a ajuda publicando o nome dele em maiúsculas.

Tanto ele como Ernesto Maravilhas merecem o nosso deslumbramento. Não é por ser verdade o que descobriram que deixa de ser um milagre.