Bienal de Veneza 2015 sobre Todos os Futuros do Mundo

O tema da Mostra Internacional de Arte da Bienal de Veneza 2015, esta quarta-feira apresentado pelo curador, Okwui Enwezor, vai mostrar a relação entre os artistas e a arte face à incerteza da situação actual no mundo.

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O curador Okwui Enwezor em Veneza DR

Acompanhado pelo presidente da Bienal de Veneza, Paolo Baratta, o curador Okwui Enwezor explicou que a ideia para o título é o resultado de uma reflexão sobre o estado “convulsivo do mundo e da forma como pode ser examinado e compreendido” pelos artistas.

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Acompanhado pelo presidente da Bienal de Veneza, Paolo Baratta, o curador Okwui Enwezor explicou que a ideia para o título é o resultado de uma reflexão sobre o estado “convulsivo do mundo e da forma como pode ser examinado e compreendido” pelos artistas.

“Durante os dois últimos séculos, as mudanças radicais geraram novas e fascinantes ideias usadas por artistas, escritores, realizadores, performers, compositores e músicos. O tema da Bienal de 2015 será um projecto para criar uma nova avaliação da relação entre a arte e os artistas face ao actual estado das coisas”, disse o curador.

Enwezor espera que a próxima edição da bienal de arte recuse o confinamento a barreiras das exposições convencionais e que o público, os artistas de todas as áreas, e os activistas “contribuam como protagonistas centrais no orquestrar do projecto”.

Por seu turno, Paolo Baratta, destacou que a Mostra Internacional de Arte da Bienal de Veneza “não é uma feira de arte mas uma exposição”, cujo conteúdo “resulta da realidade presente, que exige tarefas mais complexas” aos artistas.

“Não é a primeira vez que uma exposição de arte enfrenta um mundo cheio de incerteza e perturbação. Uma exposição deve responder com um entusiasmo e dinamismo evidentes, como aquela que estamos a organizar”, disse ainda.

Um total de 53 países vão participar na 56.ª Mostra Internacional de Arte da Bienal de Veneza que, além da programação paralela, irá apresentar os pavilhões nacionais nas áreas dos Giardini e Arsenale, bem como no centro histórico.

Na edição de 2013 da Bienal de Arte de Veneza, Portugal esteve representado oficialmente pela artista plástica Joana Vasconcelos, que levou um cacilheiro com uma intervenção artística no interior e exterior.

O cacilheiro Trafaria Praia, que recebeu cerca de 100 mil visitantes em Veneza, foi depois adquirido pela empresa Douro Azul e passou a realizar cruzeiros de pequeno curso no rio Tejo, em Lisboa.