Apareceram 23 propostas na hasta pública de 14 prédios da Câmara de Lisboa

Autarquia espera encaixar pelos menos 21,7 milhões de euros se conseguir vender todos os prédios que vão à praça.

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Depois de serem esclarecidas as dúvidas apresentadas publicamente ao júri sobre a metodologia do leilão e revelada a lista das 23 empresas e particulares que apresentaram o seu interesse, a sessão foi interrompida para verificação da conformidade das propostas com o programa da hasta pública.

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Depois de serem esclarecidas as dúvidas apresentadas publicamente ao júri sobre a metodologia do leilão e revelada a lista das 23 empresas e particulares que apresentaram o seu interesse, a sessão foi interrompida para verificação da conformidade das propostas com o programa da hasta pública.

Só dentro de uma hora, quando os trabalhos recomeçarem, é que se ficará a saber quantos dos edifícios em causa suscitaram o interesse dos investidores e qual o preço pelo qual serão vendidos.

A base de licitação de cada um deles varia entre os 49.600 euros de uma pequena casa devoluta, situada na Rua Maria Pia, e os sete milhões de euros do prédio em que funcionou a sede do banco Santander, na Rua do Ouro 61 a 79. No total, a câmara espera encaixar pelos menos 21,7 milhões de euros, se conseguir vender todos os prédios que vão à praça.

Entre os edifícios que estão à venda encontra-se o Palácio Marquês de Tancos, onde está instalada a sede da empresa municipal EGEAC, e o palácio Monte Real, um edifício classificado da Rua de São Mamede (ao Caldas), no qual funcionou um estabelecimento de apoio a idosos da Misericórdia de Lisboa. O primeiro tem uma base de licitação de cinco milhões de euros e o segundo foi posto à venda por 1,8 milhões.

A câmara de Lisboa pretende, com as hastas públicas que está a realizar e com outras operações de venda de património financiar 18% do orçamento camarário de 2014, num total de 131 milhões de euros.

Até meados de Julho estas operações tinham rendido apenas 12,9 milhões de euros.

Para este mês foram marcadas cinco hastas públicas cuja receita previsível era de 60 milhões de euros. A primeira ficou deserta, a segunda está a decorrer e a próxima foi agendada para sexta-feira, dia 10. O seu  objecto consiste apenas no arrendamento de 15 espaços comerciais do município, cuja receita mensal total não ultrapassará os dois mil euros.

No dia 16 decorrerá uma outra hasta pública para venda de 24 prédios no âmbito do programa "Reabilite Agora Pague Depois”, com uma base de licitação global de 2,9 milhões de euros. A última venda agendada deverá realizar-se no dia 23 e incide sobre 10 fracções do edifício Confepele, na Rua do Ouro, com uma base de licitação total de 2,7 milhões de euros.