Bruxelas vê "sinais encorajadores" gerados pelas reformas em Portugal e Espanha

Itália e Grécia estão mais atrasados nas políticas para dinamizar a economia e promover a competitividade.

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“Os primeiros sinais são mais claros para a Espanha, seguida por Portugal, enquanto Itália e Grécia parecem ficar para trás”, refere o documento, que diz que no caso da Grécia a avaliação é dificultada pela falta de dados.

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“Os primeiros sinais são mais claros para a Espanha, seguida por Portugal, enquanto Itália e Grécia parecem ficar para trás”, refere o documento, que diz que no caso da Grécia a avaliação é dificultada pela falta de dados.

A União Europeia tem feito das reformas de mercado a principal resposta à crise com o objetivo de impulsionar a economia e a competitividade.

Sobre Portugal, a Comissão Europeia elogia os progressos feitos no ambiente regulatório, mas diz que tanto Portugal como a Grécia ainda estão “a grande a distância face a outros países, em que este quadro é mais flexível”.

Também nos esforços para liberalizar sectores tradicionalmente protegidos, Bruxelas considera que ainda há muito espaço para reformar.

A Comissão Europeia estima ainda um aumento de 0,7 pontos percentuais na taxa de entrada de novas empresas em Portugal devido às medidas tomadas desde 2011 para reduzir os custos administrativos de começar um negócio e de facilitar a exportação. E refere que as reformas introduzidas em Portugal para reduzir os atrasos de pagamento às empresas terão evitado a saída de 4900 empresas entre 2010 e 2013.

Bruxelas refere-se, ainda, ao impacto da directiva de serviços, estimando que as reformas implementadas em 2013 devem aumentar a produtividade do trabalho nos sectores afectados em cerca de 4,3% em Portugal, 5,7% em Espanha, 7% em Itália e em quase 9% na Grécia.

“Dado que a directiva abrange uma média de 40% do PIB [produto interno bruto] nos quatro países, os efeitos completos na economia devem ser consideráveis”, lê-se no relatório.

Na área da economia digital, o relatório refere que o efeito combinado de medidas sobre a repartição do espectro de radiofrequências e de melhorias nas competências digitais, no comércio digital e na banda larga poderão ter um impacto a longo prazo de 1% sobre o PIB nacional.