PCP quer explicações da Comissão Europeia sobre “pressão” para venda rápida do Novo Banco

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Enric Vives-Rubio

De acordo com um pedido entregue esta quinta-feira no Parlamento Europeu, o deputado português pede que a Comissão o informe “exactamente” sobre que “compromissos foram assumidos pelas autoridades portuguesas quando ao futuro do Novo Banco” na sequência da decisão, no início de Agosto, de dividir do BES, separando os activos bons dos “tóxicos”.

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De acordo com um pedido entregue esta quinta-feira no Parlamento Europeu, o deputado português pede que a Comissão o informe “exactamente” sobre que “compromissos foram assumidos pelas autoridades portuguesas quando ao futuro do Novo Banco” na sequência da decisão, no início de Agosto, de dividir do BES, separando os activos bons dos “tóxicos”.

João Ferreira lembra que fonte oficial – mas não identificada - da Comissão terá declarado à imprensa, na passada segunda-feira, que os activos da nova instituição bancária “’não precisam de ser vendidos em bloco a uma entidade’, podendo ser tomada a opção de vender ‘em separado a várias entidades’”, a que se soma o facto de ter defendido que “’quanto mais rápido a venda acontecer’ melhor”.

O eurodeputado quer justificações da Comissão Europeia para tais declarações, considerando que a instituição está, com “deliberada intenção”, a “dar sinais aos grandes especuladores que acorrem aos países em crise para comprar empresas por valores muito baixos, redimensionando-as, extinguindo postos de trabalho e, depois, especulando com a venda dessas empresas, obtendo chorudos lucros”.

João Ferreira realça que se trata de um banco capitalizado com “fundos públicos” e em que qualquer intervenção terá sempre “implicações diversas” na economia nacional.