Sony revê em alta prejuízo anual para 1,65 mil milhões de euros

Empresa japonesa não conseguiu impor-se no mercado dos dispositivos móveis como esperava.

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O presidente-executivo da empresa assume a responsabilidade de no próximo ano colocar a Sony no bom caminho financeiro Yoshikazu TSUNO/AFP

A Sony não tem desistido de se reafirmar no mercado dos dispositivos móveis e na semana passada anunciou dois smartphones Xperia Z3, o Xperia Z3 Tablet Compact, o SmartBand Talk e o SmartWatch. Apesar dos novos produtos, a empresa parece não ter conseguido evitar o que muitos analistas já esperavam: a Sony não conseguirá impor-se entre os maiores fabricantes de smartphones, numa lista liderada pela Apple e a Samsung e onde a estreante chinesa Xiaomi está a ganhar terreno.

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A Sony não tem desistido de se reafirmar no mercado dos dispositivos móveis e na semana passada anunciou dois smartphones Xperia Z3, o Xperia Z3 Tablet Compact, o SmartBand Talk e o SmartWatch. Apesar dos novos produtos, a empresa parece não ter conseguido evitar o que muitos analistas já esperavam: a Sony não conseguirá impor-se entre os maiores fabricantes de smartphones, numa lista liderada pela Apple e a Samsung e onde a estreante chinesa Xiaomi está a ganhar terreno.

O presidente-executivo Kazuo Hirai afirmou, citado pelas agências noticiosas, que os dispositivos móveis vão manter-se entre as três principais categorias de produtos da Sony disponíveis no mercado, apesar das estimativas de venda destes aparelhos ser baixa.  

Hirai falha assim a promessa feita quando assumiu o comando da empresa, em 2012, de reforçar a marca Sony, em processo de restruturação nos últimos anos, através de novos produtos móveis, de jogo e imagem. "Vou estar no centro para certificar que a reestruturação será concluída este ano e que vai haver lucro no ano seguinte. A recuperação é da minha responsabilidade", sublinhou Hirai. "Esta é a primeira vez que não pagámos um dividendo e sentimos fortemente essa responsabilidade de gestão", continuou. Esta será a primeira vez desde que a empresa ficou listada na bolsa em 1958.

Segundo o responsável, a Sony vai concentrar-se em “identificar os riscos do mercado e enfatizar a rentabilidade”. A empresa tem também previsto um novo corte de pessoal até ao fim deste ano fiscal, despedindo entre mil e sete mil dos seus funcionários nas unidades de produtos móveis. Já este ano, a Sony tentou reduzir os seus custos através da venda da divisão de computadores, comercializados sob a marca Vaio.

De todos os departamentos de produtos da empresa, o que se mantém rentável é o de produtos para videojogos. Em Junho, a marca tornou-se, pela primeira vez em oito anos, líder mundial, destronando a Nintendo devido ao êxito da consola PlayStation 4 (PS4). Também com bons resultados está a área de imagem, com a Sony a beneficiar do crescente pedido de sensores para ser integrados em smartphones de outras marcas, como a Apple, por exemplo.