E se um monge lhe aparecer em Serralves, isso é... Theaster Gates

O norte-americano Theaster Gates é um dos artistas que mais e melhor tem aproximado intervenção artística e responsabilidade social. A partir de dia 7, ele vai transformar o museu, a casa e o parque de Serralves num lugar de meditação.

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Professor na Universidade de Chicago, Theaster Gates expôs nos principais museus e galerias internacionais

Quem é Theaster Gates? Os mais atentos à actualidade do mundo da arte saberão: nascido em Chicago em 1973, Gates é um dos artistas que mais e melhor têm aproximado a intervenção artística da actividade cívica, recuperando edifícios e colaborando com outros artistas, arquitectos, músicos e investigadores. O seu trabalho faz-se através da escultura e da performance e com um sensibilidade muito especial dedicada ao planeamento urbano, ao espaço público, ao trabalho manual e à noção de comunidade, como se verificou há três anos com Dorchester Projects, no Sul de Chicago, onde transformou edifícios devolutos num centro cultural. Ou seja, a responsabilidade social não é um conceito alheio ao pensamento e à prática de Gates.

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Quem é Theaster Gates? Os mais atentos à actualidade do mundo da arte saberão: nascido em Chicago em 1973, Gates é um dos artistas que mais e melhor têm aproximado a intervenção artística da actividade cívica, recuperando edifícios e colaborando com outros artistas, arquitectos, músicos e investigadores. O seu trabalho faz-se através da escultura e da performance e com um sensibilidade muito especial dedicada ao planeamento urbano, ao espaço público, ao trabalho manual e à noção de comunidade, como se verificou há três anos com Dorchester Projects, no Sul de Chicago, onde transformou edifícios devolutos num centro cultural. Ou seja, a responsabilidade social não é um conceito alheio ao pensamento e à prática de Gates.

Este professor da Universidade de Chicago, que já expôs nos principais museus e galerias internacionais, vai transformar o museu, a casa e o parque de Serralves num lugar de meditação sobre a arte e a natureza, no que será mais um capítulo da série The Black Monastic, com intervenções cénicas, leituras, sermões, momentos de contemplação e música ao vivo e gravada, em sessões públicas e privadas. O blues e o gospel estarão em destaque mas sempre envolvidos numa celebração com outras tradições musicais. Os visitantes poderão assistir às performances públicas ou encontrar, em plena visita ao museu (sem hora nem local determinados), Theaster Gates e os monges negros.

Já agora, estes Black Monks não são todos afro-americanos, nem monges. São um colectivo de músicos aberto à participação de outros artistas e fundado por Gates para preservar a ligação da música negra americana a uma certa noção de espiritualidade e introduzi-la no mundo da arte. A formação (base) dos Black Monks of Mississippi presente em Serralves incluirá, para além de Gates, os músicos Yaw Agyeman, Khari Lemuel, Joshua Abrams, Mikel Avery, Justin Thomas e Lisa Alvarado e e estão previstos dois concertos: a 12 de Setembro, com Mário Costa, e a 15, com os contrabaixistas Henrique Fernandes e Rui Leal.