PIB aumenta 2,9% com novas contas

A inclusão explícita de actividades como a prostituição ou o tráfico de droga foi estimada em 629 milhões de euros.

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A fábrica vai passar a empregar cerca de 820 trabalhadores Nelson Garrido

Com as alterações introduzidas pelo Sistema Europeu de Contas (SEC2010), que tem até ao final do mês de Setembro para entrar em vigor, mas também com a incorporação da informação dos Censos 2011, o INE afirma que "o PIB de 2011 é reavaliado para cerca de 176,2 mil milhões de euros, o que corresponde a um nível superior em 2,9% ao apurado na anterior base 2006".

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Com as alterações introduzidas pelo Sistema Europeu de Contas (SEC2010), que tem até ao final do mês de Setembro para entrar em vigor, mas também com a incorporação da informação dos Censos 2011, o INE afirma que "o PIB de 2011 é reavaliado para cerca de 176,2 mil milhões de euros, o que corresponde a um nível superior em 2,9% ao apurado na anterior base 2006".

A 11 de Junho, os responsáveis pelas contas públicas do INE admitiram que o PIB aumentasse mais de 2,5% com a nova metodologia. No início do ano, as estimativas do INE apontavam para um crescimento do PIB entre 1% e 2%, um valor semelhante ao previsto pelo Eurostat naquela altura.

Nos dados divulgados hoje, o INE indica que só as revisões metodológicas têm um impacto de mais 2,3% no PIB, enquanto a integração das novas fontes, os Censos 2011, representam mais 0,6%. Assim, a revisão total representa um PIB 2,9% superior, ou seja, um aumento de 5040 milhões no ano 2011.

Entre os principais contributos positivos para a reavaliação do PIB em 2011, o INE destaca as rendas imputadas, com uma reavaliação de 3083 milhões de euros, e a capitalização das despesas de investigação e desenvolvimento, com 2270 milhões de euros.

O INE aponta ainda que a inclusão explícita das actividades ilegais, onde o INE inclui o tráfico de droga e também a prostituição, foi estimada em 629 milhões de euros.

Com impacto negativo no valor do PIB em 2010, o INE destaca a alteração do cálculo da actividade das entidades com fins especiais, que diminui em 670 milhões o valor do PIB em 2010, repercutindo-se principalmente na Região Autónoma da Madeira.