Ter três equipas na fase de grupos da Champions não é sinónimo de sucesso

Dois anos depois, o futebol português volta a ter três representantes na fase de grupos da mais importante competição europeia de clubes. Benfica, FC Porto e Sporting ficam a conhecer os adversários nesta tarde

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Toda a gente quer levar o troféu para casa Fabrice Coffrini/AFP (arquivo)

A presença simultânea de três clubes portugueses na fase de grupos volta a verificar-se dois anos depois da última ocasião. Mas quantidade não é sinónimo de qualidade: nas três vezes em que tal aconteceu, só uma das equipas “sobreviveu” à fase de grupos.

Benfica, FC Porto e Sporting ficam a conhecer a identidade dos seus adversários – e se os dois primeiros enfrentam o sorteio gozando do estatuto de cabeça-de-série, nem por isso estão livres de alguns “tubarões”. Enfrentar o sorteio a partir do Pote 1 dá uma segurança estatística (segundo a UEFA, desde 1999-2000, quando a fase de grupos foi alargada a 32 equipas, 55% dos cabeças-de-série venceram o respectivo grupo) e competitiva, pois permite evitar Real Madrid, Barcelona, Bayern Munique ou Chelsea. Mas, com emblemas como Borussia Dortmund, PSG ou Manchester City no Pote 2 (ver infografia) e Liverpool no Pote 3, ninguém está livre de uma missão muito complicada. A vida do Sporting, que integra o Pote 3, será mais difícil do que a do Benfica e FC Porto. Os “leões” partilham com os rivais as dificuldades do Pote 2, com a agravante de terem que enfrentar uma das potências do futebol europeu do Pote 1.

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A presença simultânea de três clubes portugueses na fase de grupos volta a verificar-se dois anos depois da última ocasião. Mas quantidade não é sinónimo de qualidade: nas três vezes em que tal aconteceu, só uma das equipas “sobreviveu” à fase de grupos.

Benfica, FC Porto e Sporting ficam a conhecer a identidade dos seus adversários – e se os dois primeiros enfrentam o sorteio gozando do estatuto de cabeça-de-série, nem por isso estão livres de alguns “tubarões”. Enfrentar o sorteio a partir do Pote 1 dá uma segurança estatística (segundo a UEFA, desde 1999-2000, quando a fase de grupos foi alargada a 32 equipas, 55% dos cabeças-de-série venceram o respectivo grupo) e competitiva, pois permite evitar Real Madrid, Barcelona, Bayern Munique ou Chelsea. Mas, com emblemas como Borussia Dortmund, PSG ou Manchester City no Pote 2 (ver infografia) e Liverpool no Pote 3, ninguém está livre de uma missão muito complicada. A vida do Sporting, que integra o Pote 3, será mais difícil do que a do Benfica e FC Porto. Os “leões” partilham com os rivais as dificuldades do Pote 2, com a agravante de terem que enfrentar uma das potências do futebol europeu do Pote 1.

Este trio repete a presença simultânea na mais importante competição europeia de clubes, tal como já tinha sucedido em 2006-07 e 2007-08. Mas, na mais recente ocasião em que Portugal teve três emblemas na fase de grupos da Champions, em 2012-13, “encarnados” e “dragões” tiveram a companhia do Sporting de Braga. Estivesse quem estivesse, nas três épocas com um trio nacional na fase de grupos da Liga dos Campeões só o FC Porto “sobreviveu” à fase de grupos – mas os “dragões” caíram sempre nos oitavos-de-final.

Orientado por Paulo Bento, o Sporting foi último classificado em 2006-07, num grupo que incluía Bayern Munique, Inter de Milão e Spartak Moscovo. O Benfica não fez muito melhor: foi terceiro com os mesmos pontos do Copenhaga e atrás de Manchester United e Celtic. Já o FC Porto terminou no segundo lugar, com os mesmos pontos do líder Arsenal, e avançou para os oitavos-de-final – onde seria eliminado pelo Chelsea. Os “dragões” voltaram a cair nos “oitavos” no ano seguinte, diante do Schalke 04, após vencerem um grupo com Liverpool, Marselha e Besiktas. O Benfica tornou a ser terceiro (atrás de Milan e Celtic), a mesma classificação do Sporting (Manchester United e Roma).

Em 2012-13, o Sp. Braga ocupou o lugar do Sporting como terceira equipa portuguesa na fase de grupos da Champions. Mas a equipa orientada por José Peseiro despediu-se da prova com apenas três pontos, no último lugar de um grupo com Manchester United, Galatasaray e Cluj. Jorge Jesus levou o Benfica ao terceiro lugar (atrás de Barcelona e Celtic) e depois viria a ser finalista derrotado da Liga Europa. Com Vítor Pereira ao leme, o FC Porto apurou-se para os oitavos-de-final atrás do PSG, mas seria eliminado pelo Málaga.

Seja qual for o percurso das três equipas na Liga dos Campeões 2014-15, há pelo menos uma certeza: os 8,6 milhões de euros de prémio pela participação na fase de grupos já estão garantidos.