Satélites europeus do sistema Galileu não alcançaram a órbita prevista

Lançados por foguetões russos, os dois satélites do sistema de navegação europeu ficaram abaixo da órbita que estava programada.

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Lançamento do foguetão Soyuz AFP

“As observações complementares recolhidas depois da separação dos satélites (…) mostram uma lacuna entre a órbita em curso e a que foi programada”, disse a Arianespace, uma empresa francesa que faz lançamento de satélites desde 1980, citada em comunicado, acrescentando que as “investigações estavam em curso”.

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“As observações complementares recolhidas depois da separação dos satélites (…) mostram uma lacuna entre a órbita em curso e a que foi programada”, disse a Arianespace, uma empresa francesa que faz lançamento de satélites desde 1980, citada em comunicado, acrescentando que as “investigações estavam em curso”.

“Os satélites foram colocados numa órbita abaixo da órbita programada. As equipas estão a estudar o impacto que isto possa ter para os satélites”, acrescenta o comunicado.

A empresa recusa-se, para já, a pronunciar-se sobre a possibilidade de corrigir a trajectória destes dois satélites.

O foguetão que carregava os satélites Galileu 5 e Galileu 6 foi lançado do Centro Espacial de Kourou por volta das 13h27, na sexta-feira. O foguetão levava uma carga de 1,6 toneladas. Ao fim de 3h48m, os dois satélites foram libertados a 22.522 quilómetros de altitude.

Estava previsto que os dois satélites ficassem prontos no Outono, após os primeiros testes feitos no espaço. Os aparelhos iriam juntar-se aos quatro satélites Galileu que já estão em órbita, validando assim o sistema de navegação que a Comissão Europeia aprovou.