Sector Empresarial do Estado reduz prejuízo para 394 milhões no 1.º trimestre

"O resultado líquido global do SEE, ainda que negativo, mantém a tendência de melhoria, tendo atingido no final do primeiro trimestre de 2014 um total de -394,1 milhões de euros, o correspondente a um crescimento de 11,2 milhões de euros face ao trimestre do período homólogo", lê-se no relatório sobre o SEE relativo ao primeiro trimestre de 2014.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"O resultado líquido global do SEE, ainda que negativo, mantém a tendência de melhoria, tendo atingido no final do primeiro trimestre de 2014 um total de -394,1 milhões de euros, o correspondente a um crescimento de 11,2 milhões de euros face ao trimestre do período homólogo", lê-se no relatório sobre o SEE relativo ao primeiro trimestre de 2014.

O documento da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças revela que houve uma melhoria nos resultados das áreas da Comunicação Social (24,8% para 3,7 milhões de euros), da Cultura (95,2% para -13 milhões de euros), da Requalificação Urbana (50,1% para -2,7 milhões de euros), e da Saúde (52,4% para -82,7 milhões de euros).

Em sentido contrário, houve um agravamento dos resultados nos sectores das Infra-estruturas (-5,1% para -21,7 milhões de euros), dos Transportes (-38,4% para -170,9 milhões de euros) e das Empresas Parpública (-44,5% para -113,6 milhões de euros).

No caso da Saúde, "o incremento das vendas e serviços prestados, aliado à contenção de custos" permitiu que o prejuízo ficasse nos 82,7 milhões de euros, uma melhoria de 90,9 milhões de euros face aos três primeiros meses do ano passado.

O sector da Saúde reduziu os gastos operacionais em 51,1 milhões de euros e, segundo o relatório verificou-se, igualmente, uma diminuição do volume dos pagamentos em atraso em 103,6 M€, tendo passado de 1.028,4 M€ para 924,8 M€, o que reflecte essencialmente o efeito do Programa Extraordinário de Regularização de Dívidas do Serviço Nacional de Saúde”, que permitiu regularizar valores em dívida e negociar prazos de pagamento mais favoráveis com os maiores fornecedores dos hospitais.

Nas Empresas Parpública, houve um agravamento de 35 milhões de euros no resultado para -113,6 milhões de euros, "essencialmente pela diminuição dos resultados da Águas de Portugal (AdP), em cerca de 44,3 milhões de euros", informou a entidade ligada ao Ministério das Finanças.

Já no sector dos Transportes, o agravamento da rúbrica de variações de justo valor em cerca de 76 milhões de euros, conjugado com a melhoria dos resultados financeiros, em 26,6 milhões de euros, gerou uma diminuição do resultado líquido de 47,4 milhões de euros face ao trimestre homólogo, para um total de -170,9 milhões de euros.

Quanto ao sector das Infra-estruturas, houve uma diminuição do resultado líquido na ordem de um milhão de euros para um total de -21,7 milhões de euros, como consequência do agravamento dos resultados financeiros, particularmente na Estradas de Portugal (EP).

O SEE alcançou um EBITDA (lucro operacional) positivo de 74,1 milhões de euros, com um crescimento de 41,2% (mais 21,6 milhões de euros do que no primeiro trimestre de 2013), "fortemente impulsionado pelo desempenho no sector da Saúde, que cresceu 63% de -140,6 milhões de euros para um total de -52 milhões de euros".

O volume de negócios, excluindo o investimento em infra-estruturas de longa duração (ILD) apresenta, em termos homólogos, um crescimento de 4,6 milhões de euros (0,2%), alcançando um valor de cerca de 1.898,8 milhões de euros.

No que toca aos gastos operacionais, excluindo os ILD, apresentaram uma diminuição de 3,8% face ao primeiro trimestre de 2013, para um total de 1.961,1 milhões de euros, distribuídos por Gastos com Pessoal (uma redução de 5,3% para -47,4 milhões de euros), Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas (CMVMC), menos 4,9% para -19,5 milhões de euros, e Custos Diversos de Fabrico (FSE), recuo de 1,4% para -10,5 milhões de euros.

Durante o primeiro trimestre do ano, o SEE reduziu o nível de endividamento em 1% (face ao final do ano de 2013), ascendendo o endividamento total a cerca de 32 mil milhões de euros, repartido pelas Empresas Públicas Não Reclassificadas (EPNR), num total de 12.800 milhões de euros (-2%), e Empresas Públicas Reclassificadas (EPR), num total de 19.200 milhões de euros (-0,3%).