António Ramalho conduz fusão entre EP e Refer

Infraestruturas de Portugal terá um pouco mais de quatro mil trabalhadores.

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Pires de Lima diz que renegociações renderam poupança de 7,2 mil milhões de euros. Daniel Rocha

No despacho a que a Lusa teve acesso, o Governo atribui a António Ramalho a coordenação da comissão de planeamento, composta por seis elementos, que na prática corresponderá ao corpo central do primeiro corpo de administração da nova empresa.

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No despacho a que a Lusa teve acesso, o Governo atribui a António Ramalho a coordenação da comissão de planeamento, composta por seis elementos, que na prática corresponderá ao corpo central do primeiro corpo de administração da nova empresa.

A comissão de planeamento conta com José Ribeiro dos Santos e Alberto Diogo, ambos administradores da Refer, e José Serrano Gordo e Vanda Nogueira, da EP, e ainda o economista José Carlos Osório. De fora da comissão fica o actual presidente da gestora da Refer, Rui Loureiro.

A Infraestruturas de Portugal contará com mais de quatro mil trabalhadores – dos quais 1090 da Estradas de Portugal e 2955 da Refer – e será gestora de 13.515 quilómetros de rodovia e 2794 quilómetros de ferrovia.

A comissão nomeada nesta quarta-feira tem que definir a modalidade jurídica da fusão e do modelo de governo da futura empresa Infraestruturas de Portugal, redigir os estatutos da futura empresa e definir o plano estratégico para o triénio 2015-2017.

No despacho, o Governo explica que "esta alteração estrutural permitirá obter ganhos de eficiência muito relevantes, designadamente ao nível da contratação externa, da eliminação da sobreposição de estruturas internas comuns às duas empresas, da redução de encargos por via de economias de escala e de uma melhor afectação dos recursos disponíveis".

No início de Julho, o ministro da Economia, Pires de Lima, adiantou que a fusão das duas empresas públicas "garante uma poupança no mínimo de 50 milhões de euros no próximo ano" e depois, em ano corrente, a partir do quarto ano, poupanças superiores a 100 milhões de euros.

A fusão entre a Refer e a EP está prevista no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+), aprovado em Conselho de Ministros a 3 de Abril.

Pires de Lima defendeu então que "a racionalidade do projecto é óbvia, tanto do ponto de vista estratégico", como do "ponto de vista da racionalidade económica", e referiu a eficiência dos modelos europeus semelhantes.