British Airways suspende voos de e para Libéria e Serra Leoa devido a surto de ébola

A companhia aérea britânica assegurava, até ao momento, quatro voos semanais para Monrovia, na Libéria, após uma escala em Freetown, na Serra Leoa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A companhia aérea britânica assegurava, até ao momento, quatro voos semanais para Monrovia, na Libéria, após uma escala em Freetown, na Serra Leoa.

"Suspendemos temporariamente os nossos voos de e para a Libéria e Serra Leoa até 31 de Agosto, devido à deterioração da situação sanitária naqueles dois países. A segurança dos nossos passageiros, das nossas tripulações e do nosso pessoal de solo é a nossa principal prioridade", indicou um porta-voz da British Airways, citado pela agência francesa AFP.

A Libéria e a Serra Leoa são dois dos quatro países da África Ocidental, a par da Guiné-Conacri e da Nigéria, que enfrentam uma grave epidemia do vírus Ébola, responsável por 887 mortes em 1.603 casos de infeção identificados desde março, segundo o último balanço divulgado na segunda-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Face ao agravamento da situação, as medidas de prevenção têm vindo a multiplicar-se em África e no resto do mundo, nomeadamente para tentar evitar a propagação do vírus em viagens aéreas.

As companhias pan-africanas Arik e ASKY suspenderam os respetivos voos de e para a Libéria e Serra Leoa, depois da morte de um passageiro liberiano em finais de Julho em Lagos, na Nigéria. Na sexta-feira passada, a companhia aérea Emirates, com sede no Dubai, anunciou a suspensão "até nova ordem" de todos os voos para a Guiné-Conacri.