Minoritários da PT vão reunir-se com Granadeiro na próxima terça-feira

Investidores querem averiguar existência de prémio de 30 milhões de euros a pagar à gestão da PT, caso consiga fechar fusão com a Oi.

Foto
Minoritários pediram à CMVM para analisar se gestão da PT tem direito a prémio de 30 milhões Daniel Rocha

O responsável explicou que, até à reunião com Granadeiro, fica suspensa a formalização da acção judicial contra a gestão da empresa pela aplicação de quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte. “Veremos então o que a gestão tenciona fazer”, disse Octávio Viana.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O responsável explicou que, até à reunião com Granadeiro, fica suspensa a formalização da acção judicial contra a gestão da empresa pela aplicação de quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte. “Veremos então o que a gestão tenciona fazer”, disse Octávio Viana.

Um dos temas em cima da mesa na reunião, que foi noticiada pelo Dinheiro Vivo, será a existência de um prémio de 30 milhões de euros para a equipa de gestão da PT, caso a fusão com a brasileira Oi se confirme. “Não temos certeza, mas temos a indicação de que existe, por isso pedimos à CMVM que averigue a sua existência”, adiantou o responsável.

“Um eventual prémio de gestão nesse montante, a existir, pode tornar a gestão permeável à vontade de realizar a referida fusão a qualquer custo, mesmo que aceitando condições que não serão as melhores ao interesse da sociedade e seus accionistas", escreve o Diário Económico, citando a carta que a ATM enviou nesta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na semana passada, os accionistas minoritários da PT anunciaram a intenção de processar a comissão executiva da empresa devido aos prejuízos incorridos com o investimento de curto prazo na holding não financeira do Grupo Espírito Santo (GES). Prejuízos que se reflectiram quer na desvalorização das acções, quer na revisão dos rácios de troca na fusão com a Oi, que são agora mais desfavoráveis para os accionistas da PT.

Os accionistas representados pela ATM ainda estão a analisar uma acção contra os órgãos de fiscalização da PT.