“Um centro de arquitectura inacreditável”

O Centro Canadiano de Arquitectura foi criado por Phyllis Lambert, uma filantropa recentemente distinguida na Bienal de Arquitectura de Veneza com um Leão de Ouro honorário pela sua contribuição para o mundo da arquitectura.

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O Centro Canadiano de Arquitectura é em Montreal DR

Os dois arquitectos portugueses, que serão os curadores da próxima Trienal de Arquitectura de Lisboa, fizeram residências académicas no Centro Canadiano de Arquitectura (CCA), e cruzaram-se mesmo em Montreal em 2001, ano em que aí apresentaram uma conferência sobre a arquitectura portuguesa.

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Os dois arquitectos portugueses, que serão os curadores da próxima Trienal de Arquitectura de Lisboa, fizeram residências académicas no Centro Canadiano de Arquitectura (CCA), e cruzaram-se mesmo em Montreal em 2001, ano em que aí apresentaram uma conferência sobre a arquitectura portuguesa.

O CCA foi criado na capital do Quebeque em 1979, por Phyllis Lambert, uma filantropa canadiana actualmente com 87 anos, que foi recentemente distinguida na Bienal de Arquitectura de Veneza com um Leão de Ouro honorário pela sua contribuição para o mundo da arquitectura.

O centro propriamente dito – que tem um museu e duas galerias de exposições – abriu portas em 1989 e foi-se afirmando como uma das maiores e melhores instituições para a exposição e a investigação da arquitectura. Se a sua colecção, que reúne actualmente perto de 100 mil documentos e desenhos, mais de 60 mil fotografias e 175 arquivos, chega aos tempos do Renascimento, Diogo Seixas Lopes realça a particular atenção que o CCA presta à arquitectura dos séculos XX e XXI. “Oferece uma representação extensíssima e definitiva do que foi a história da arquitectura a partir da geração de arquitectos nascidos nos anos 1920-30”, nota este arquitecto. “E faz a ponte entre as culturas de língua francesa e as de língua inglesa, o que faz dele uma instituição única no mundo”, realça André Tavares.

A confirmar-se a aquisição do arquivo de Álvaro Siza, a obra do arquitecto português irá fazer companhia às de outros nomes, já desaparecidos ou com obra em curso, como Aldo Rossi, James Stirling, John Hejduk, Peter Eisenman, ou o primo de Le Corbusier, Pierre Jeanneret.