Pedro, o desconhecido?

Por mais fulgurante que uma ascensão política possa ser, nunca ninguém chegou a secretário-geral de um grande partido sem uma qualquer carreira… partidária.

Por mais fulgurante que uma ascensão política possa ser, nunca ninguém chegou a secretário-geral de um grande partido sem uma qualquer carreira… partidária. Em Espanha, onde o Governo é federal e ainda há os governos autonómicos; os partidos são federais e regionais, e as alianças mudam conforme o cenário, pode passar-se mais desapercebido. Mas não se é eleito líder nacional sem um percurso.

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Por mais fulgurante que uma ascensão política possa ser, nunca ninguém chegou a secretário-geral de um grande partido sem uma qualquer carreira… partidária. Em Espanha, onde o Governo é federal e ainda há os governos autonómicos; os partidos são federais e regionais, e as alianças mudam conforme o cenário, pode passar-se mais desapercebido. Mas não se é eleito líder nacional sem um percurso.

Pedro Sánchez, 42 anos, novo chefe máximo dos socialistas espanhóis, não é excepção. Foi conselheiro de Madrid entre 2004 e 2009 e deputado nacional de 2009 a 2011. Regressou ao Parlamento o ano passado. Calhou chegar sempre a meio da legislatura, por renúncia do nome que lhe antecedia nas listas do PSOE. Antes, ocupara cargos discretos no aparelho, ao lado de outros jovens políticos. Foi um dos recrutados por José Blanco, ex-ministro e ainda vice de Alfredo Pérez Rubalcaba (oficialmente, Sánchez só será confirmado no congresso dos socialistas, nos dias 26 e 27 de Julho).

Demorou a ser visto como líder. Um dos motivos, escreve o El País, é que “estava fora do campo de jogo”. De certeza que esteve sempre ali perto, ora no banco ou na bancada.