Extensões de saúde encerradas em Sintra reabrem na próxima semana

Câmara contratou três médicos que vão assegurar o funcionamento de três unidades fechadas desde 9 de Junho.

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Médicos têm contrato até ao final do ano Fábio Teixeira/Arquivo

“Assinámos hoje [sexta-feira] o acordo com a Cintramédica para contratar três médicos e assim podemos abrir os três centros de saúde”, que estavam fechados desde 9 de Junho, anunciou o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta. Também a Junta da União de Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar vai ceder duas funcionárias administrativas.

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“Assinámos hoje [sexta-feira] o acordo com a Cintramédica para contratar três médicos e assim podemos abrir os três centros de saúde”, que estavam fechados desde 9 de Junho, anunciou o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta. Também a Junta da União de Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar vai ceder duas funcionárias administrativas.

Esta medida custa ao orçamento municipal cerca de 20 mil euros e foi a solução encontrada, numa reunião com o Ministério da Saúde em meados de Junho, para evitar que os seis mil utentes servidos por aquelas extensões tivessem que deslocar-se até Negrais.

Os contratos dos profissionais de saúde vigoram até 31 de Dezembro deste ano, “na expectativa de que até lá esteja construído o centro de saúde de Almargem do Bispo”, afirmou o autarca socialista.

Segundo Basílio Horta, falta agora que o Governo assine o protocolo para a construção de quatro novos centros de saúde no concelho: os de Almargem do Bispo e de Queluz serão os primeiros a avançar, seguindo-se os de Algualva e de Algueirão-Mem Martins. A autarquia comprometeu-se a ceder os terrenos ou os edifícios, dependendo dos casos, e a comparticipar em 30% o investimento necessário para a construção, no valor global de 2,5 milhões de euros. “Já temos o dinheiro disponível”, assegura o presidente da câmara.

A unidade de saúde familiar (USF) de Almargem do Bispo, que funcionará num edifício modular, deverá demorar três meses a ficar pronta, a contar desde a data de assinatura do protocolo. Nessa altura, as três extensões de saúde que vão reabrir na próxima semana “deixam de fazer sentido”, afirmou Basílio Horta, acrescentando que a câmara, em conjunto com a junta de freguesia, vai assegurar o transporte dos utentes – maioritariamente idosos – até à nova unidade.

Quando estiverem concluídos, os quatro novos centros de saúde vão beneficiar 400 mil utentes, que hoje são atendidos em locais sem condições. “O centro de saúde da Agualva é talvez o pior que o concelho tem. É indigno, no século XXI e ao pé de Lisboa, existir um centro de saúde assim”, critica Basílio Horta, referindo-se, por exemplo, à falta de condições de acessibilidade.

Segundo o autarca, a nova unidade de Queluz (a instalar no edifício de uma antiga escola primária) vai ser “muito importante”, na medida em que terá, no primeiro piso, um centro de pedopsiquiatria, “uma das coisas que mais falta faz no concelho”.