Islamistas do al-Shabaab atacam palácio presidencial de Mogadíscio

Presidente Hassan Sheikh Mohamud não estava no local.

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No sábado, carro armadilhado explodiu junto ao parlamento. REUTERS/Feisal Omar

O assalto ao complexo onde se situa a residência oficial do Presidente da Somália foi confirmado por responsáveis governamentais no local, e também por um porta-voz do al-Shabaab, um grupo associado à Al-Qaeda.

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O assalto ao complexo onde se situa a residência oficial do Presidente da Somália foi confirmado por responsáveis governamentais no local, e também por um porta-voz do al-Shabaab, um grupo associado à Al-Qaeda.

"Havia pelo menos nove atacantes, mas o assalto já acabou", disse, citado pela AFP, o responsável pela segurança, Abdi Ahmed. Ter-se-á tratado de um ataque suicida.

A explosão de um carro armadilhado contra um dos portões do palácio presidencial facilitou a entrada dos rebeldes, que utilizaram uma segunda entrada para aceder ao interior do complexo. As agências noticiosas referiram o tiroteio que se podia ouvir do exterior.

“Os nossos combatentes invadiram o palácio presidencial e capturaram o complexo. O quartel-general do regime apóstata está sob o nosso controlo”, tinha declarado antes à AFP o porta-voz dos islamistas, Abdulasis Abu Musab.

No entanto, o oficial que falou à Reuters do interior do complexo desmentiu esta versão, dizendo que “a maior parte dos atacantes foi morta”. A mesma fonte recusou fornecer mais detalhes sobre os acontecimentos.

Segundo a BBC, o Presidente do país, Hassan Sheikh Mohamud está ausente do local, a participar num evento com o enviado especial das Nações Unidas para a Somália, numa zona próxima do aeroporto da cidade. Não é claro se o primeiro-ministro e o presidente do Parlamento se encontram no complexo governamental, que é protegido por forças da União Africana.

O grupo al-Shabaab foi expulso de Mogadíscio há mais de três anos, mas periodicamente realiza incursões violentas na capital da Somália. No sábado, um carro armadilhado explodiu junto do edifício do parlamento, matando duas pessoas.

Numa mensagem recente, os rebeldes prometeram intensificar os seus ataques durante o período do Ramadão.