Taxa de desemprego nos Estados Unidos cai para mínimo de 2008

Número de postos de trabalho aumentou 288 mil em Junho, acima das expectativas dos analistas.

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O Departamento do Trabalho revelou, esta quinta-feira, que a taxa de desemprego caiu, em Junho, para 6,1%, ficando assim cada vez mais distante do pico de 10,2% atingido em Outubro de 2009, no auge da crise económica e financeira que eclodiu após a falência do banco Lehman Brothers.

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O Departamento do Trabalho revelou, esta quinta-feira, que a taxa de desemprego caiu, em Junho, para 6,1%, ficando assim cada vez mais distante do pico de 10,2% atingido em Outubro de 2009, no auge da crise económica e financeira que eclodiu após a falência do banco Lehman Brothers.

Também o volume de emprego apresentou um desenvolvimento notável, com o número de postos de trabalho a crescer 288 mil, acima das expectativas dos analistas. Trata-se do quinto trimestre consecutivo em que o volume de emprego cresce acima dos 200 mil, um nível que só tem reflexo no início da década de 1990. Nos seis primeiros meses do ano, a maior economia do mundo foi acrescentando postos de trabalho a uma média de 231 mil.   

O relatório mostra, ainda, que o desemprego de longa duração afecta cerca de um terço dos 9,5 milhões de residentes sem posto de trabalho e evidencia uma melhoria no tempo médio da duração do desemprego: de 14,6 semanas em Maio para 13,1 semanas no mês passado.

"Trata-se de um relatório extremamente positivo. Não me parece que fosse possível encontrar algo mais forte", defendeu à agência Reuters o economista-sénior da RBC Capital Markets Jacob Oubina.

No primeiro trimestre do ano, de forma surpreendente, a economia norte-americana registou um recuo de 2,9%, que foi atribuido a uma vaga de mau tempo que acabou por afectar muitos sectores fundamentais de actividade. Mas os indicadores mais recentes - e, agora, os dados do mercado de trabalho - dão indicações de que o quadro dos primeiros três meses do ano foi, de facto, um fenómeno passageiro.