Governo aprova privatização total dos CTT

Executivo vai vender a participação de 31,5% que resta ao Estado nos correios.

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O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, afirmou, no briefing que se seguiu ao Conselho de Ministros, que esta decisão pretende “dar continuidade ao processo” iniciado em 2013, com a venda de 70% dos CTT em bolsa.

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O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, afirmou, no briefing que se seguiu ao Conselho de Ministros, que esta decisão pretende “dar continuidade ao processo” iniciado em 2013, com a venda de 70% dos CTT em bolsa.

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Na sequência dessa operação, o Estado readquiriu 1,5% do capital, do lote que tinha sido parqueado para estabilização do preço das acções da empresa liderada por Francisco Lacerda. E, por isso, 31,5% dos correios ainda estão na esfera pública.

Manuel Rodrigues explicou que o diploma aprovado nesta quinta-feira estabelece a privatização dos 30% que se mantiveram no Estado, mas também “a venda do lote de 1,5% que veio a ser readquirido”

<_o3a_p>O secretário de Estado referiu ainda que a venda dos 31,5% poderá "realizar-se através de uma ou mais operações de venda directa a investidores institucionais", ao contrário da primeira fase da privatização, em que também foi feita uma dispersão em bolsa junto de pequenos investidores. O modelo da privatização ainda será alvo de uma resolução do Conselho de Ministros. 

<_o3a_p>Quanto ao calendário da venda, Manuel Rodrigues não avançou com datas, respondendo apenas que "o timing será avaliado e oportunamente definido pelo Governo". Recorde-se que, em 2013, ficou definido que o Estado não podia desfazer-se da participação dos CTT nos 240 dias seguintes à dispersão em bolsa. Esse prazo termina no final de Agosto.

<_o3a_p>Manuel Rodrigues sinalizou que a operação feita a 5 de Dezembro de 2013, que gerou um encaixe provisório de 519,5 milhões de euros ao Estado (não sendo ainda conhecido o montante definitivo), "constituiu a primeira operação pública de venda [em bolsa] desde 2008 e sinalizou o regresso da confiança ao mercado de capitais nacional". Para o governante, "a dinamização do mercado de capitais constitui uma fonte de financiamento muito relevante para as empresas e promove um aumento do investimento e da geração do emprego" e este modelo permite "a permanência dos centros de decisão em Portugal".