Turismo em Portugal: continuar a crescer

Portugal tem de reinvestir em novos produtos e serviços, identificar novos mercados, apostar em mais promoção.

A resposta a estas questões chegará naturalmente com o final da época mas – mesmo arriscando um pequeno exercício de futurologia - é legítimo acreditar que a tendência de crescimento irá manter-se. A pergunta que se impõe é o que podemos nós fazer para continuar a crescer?

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A resposta a estas questões chegará naturalmente com o final da época mas – mesmo arriscando um pequeno exercício de futurologia - é legítimo acreditar que a tendência de crescimento irá manter-se. A pergunta que se impõe é o que podemos nós fazer para continuar a crescer?

Os últimos números que conhecemos são animadores: ao longo de 2013, crescemos nas taxas de ocupação, nos visitantes e nas receitas médias, conquistamos mais do triplo dos prémios do que no ano anterior e, segundo um estudo recente da Intercampus para o Turismo de Portugal, o nível de satisfação dos turistas que nos visitam e a vontade de regressar ultrapassa a barreira dos 90%.

O número de turistas estrangeiros a procurar  Portugal cresceu significativamente na última década, registando-se um aumento  superior a 2,5 milhões de pessoas entre 2004 e 2013.

Estamos convencidos de que o sucesso caberá aos destinos que souberem adoptar as estratégias mais criativas e em que o sector público adopte as politicas adequadas a facilitar o desenvolvimento das empresas turísticas, em cooperação permanente com o sector privado, ouvindo as suas necessidades e tentando ajudar na resolução dos seus problemas, sem se substituir a ele. Essa tem sido a postura da actual  Secretaria de Estado do Turismo e do Turismo de Portugal, no esforço  e empenho que conjuntamente com a Confederação do Turismo Português e suas representadas têm demonstrado, no sentido de criar as melhores condições para o desenvolvimento do destino Portugal e das suas regiões. Por seu lado, os privados têm tido um papel de destaque importante, com uma oferta diferenciadora e estruturada de acordo com os diferentes perfis de turistas.

Felizmente, Portugal soube manter-se no grupo dos países que se adaptaram às novas tendências. O caminho que iniciámos  está, segundo a nossa opinião, correcto e os resultados estão à vista - o sector do turismo é o que mais contribui para o PIB, para a exportação de bens e serviços e para a criação de emprego - mas que ninguém tenha a pretensão de achar que nada mais há a fazer.

Não basta o mix fantástico que nos caracteriza - clima, paisagem, história e cultura, gastronomia, vinhos – não chega ter infra-estruturas e equipamentos de grande qualidade, empresários empenhados, profissionais qualificados, uma tutela atenta e disponível e reconhecimento internacional junto das entidades e organizações ligadas ao sector. A concorrência é feroz e nunca dorme.

Portugal tem de reinvestir em novos produtos e serviços, identificar novos mercados, apostar em mais promoção. E, sobretudo, saber reunir todos os agentes do sector em torno de uma estratégia comum de crescimento e inovação. Todos juntos nunca seremos demais neste esforço de colocar Portugal na restrita linha da frente dos destinos mais procurados do mundo. Falta muito pouco.

Presidente da Confederação de Turismo Português