Nicolas Robinson

A alienação, por muito má e alheia que seja, pode ser mal ou bem feita.

Convenceu-me a voltar a assinar a edição em papel. Mas, entretanto, não desisti da assinatura Kindle, que custa apenas 1,5 euros por cada edição quinzenal. Três euros por mês é a conta que Deus fez e daqui encorajo o meu benfeitor a acompanhar-me, como eu o acompanhei a ele.

A verdade faz-nos mais fortes

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Convenceu-me a voltar a assinar a edição em papel. Mas, entretanto, não desisti da assinatura Kindle, que custa apenas 1,5 euros por cada edição quinzenal. Três euros por mês é a conta que Deus fez e daqui encorajo o meu benfeitor a acompanhar-me, como eu o acompanhei a ele.

À quarta-feira, acabo de ler o Times Literary Supplement que recebi na sexta-feira passada porque na quinta chegam o Spectator (logo de manhã) e o New Statesman (só à tarde). Na sexta-feira passada, chegaram, in tandem, como sempre, o New York Review of Books (NYRB) e o London Review of Books (LRB). Leio-os – a tentar fazer rendê-los quanto puder – durante o fim-de-semana.

Nas semanas em que não saem os quinzenais NYRB e LRB, sofro. Leio às terças e quartas-feiras os semanários alienados de qualquer vida real que são as revistas Country Life e o Hollywood Reporter. Tiram-me não só do mundo em que vivo como de mim próprio.

Escapar foi sempre a solução dos inteligentes: escapar da miséria e da realidade em que se vive para outro mundo em que só interessa o que se escreve e o que se lê.

A alienação, por muito má e alheia que seja, pode ser mal ou bem feita. Obrigado, Nicolas Robinson: devolveu-me à verdade boa.