Fundo detido pelo Governo de Pequim concorre à privatização da EGF

Sete candidatos entregaram propostas não vinculativas pela empresa.

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Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente Rui Gaudêncio

O PÚBLICO sabe que este fundo, que é o braço financeiro do Beijing Capital Group, conglomerado detido pelo Governo Municipal de Pequim, foi um dos sete candidatos a entregar na Parpública uma proposta indicativa por 100% do capital da EGF.

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O PÚBLICO sabe que este fundo, que é o braço financeiro do Beijing Capital Group, conglomerado detido pelo Governo Municipal de Pequim, foi um dos sete candidatos a entregar na Parpública uma proposta indicativa por 100% do capital da EGF.

O Beijing Capital Group tem interesses no sector financeiro, no imobiliário e nas águas e ambiente, sendo dono da Beijing Capital Co, a maior empresa chinesa do sector das águas, com presença em mais de 20 cidades, nas províncias de Anhui, Shandong, Jiangsu and Zhejiang.

De acordo com a página de Internet do grupo, o Beijing Capital Group, que se define como um “conglomerado influente” cuja marca tem um elevado nível de reconhecimento por toda a China, tem a sua actividade assente em três pilares: o sector financeiro, com destaque para a banca de investimento, a construção imobiliária e o desenvolvimento de infra-estruturas de transportes e de tratamento de águas e ambiente.

O site indica ainda que o Beijing Capital Group tem 32 escritórios na China e emprega 6300 pessoas nas suas subsidiárias, seis das quais cotadas nas bolsas de Hong Kong, Xangai e Shenzen. No seu portefólio incluem-se ainda participações accionistas em diversas empresas cotadas. O grupo destaca que tem entre os seus objectivos estratégicos o estabelecimento de parcerias internacionais para reforçar a competitividade das suas operações.

Nesta quinta-feira, seis municípios que intentaram uma providência cautelar para suspender a privatização foram informados de que tinha sido liminarmente aceite pelo Supremo Tribunal Administrativo.