Cronologia - Mais de uma década de impasse em torno da Casa Manoel de Oliveira
2000
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2000
20 Junho - A Câmara do Porto aprova em reunião do executivo a passagem da obra da Casa Manoel de Oliveira (CMO), cujo projecto foi lançado em 1998, para a Sociedade Porto 2001, a gestora da Capital Europeia da Cultura que recusa responsabilidades na execução da empreitada.
2001
11 Dezembro - O presidente da autarquia, Nuno Cardoso, lança a primeira pedra da CMO, um projecto de dois milhões de euros, do arquitecto Eduardo Souto Moura, constituído por dois edifícios interligados na cave, um para residência do realizador e outro para o seu espólio. A vereadora da Cultura da autarquia, Manuela de Melo, diz que o cineasta faltou à cerimónia “por estar constipado”.
2007
07 Setembro - Manoel de Oliveira responsabiliza a Câmara pelo fracasso da criação da sua casa-museu e acusa-a de não ter respondido à sua última proposta contratual, “de Maio de 2005”. O cineasta garante que a CMO "não existe" enquanto instituição porque o edifício foi construído sem estar formalizado um entendimento com a autarquia. Assegura ter vincado esta posição ao não comparecer na cerimónia de lançamento da primeira pedra do edifício.
11 Dezembro – A autarquia revela que o imóvel está em fase final de obras de recuperação para acolher serviços camarários, numa ocupação “temporária” para evitar o abandono e vandalismo.
2008
20 Novembro - A Câmara do Porto anuncia ter alcançado um acordo com a Fundação de Serralves e o Ministério da Cultura para ultrapassar o diferendo sobre a utilização da CMO.
10 Dezembro - O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, diz pretender instalar o pólo da Cinemateca do Porto na Casa das Artes, na CMO e na Fundação de Serralves.
2009
29 Novembro - A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, revela que pretende abrir em 2010 o pólo da Cinemateca no Porto na Casa das Artes, manifestando vontade de que aquele espaço acolha o espólio de Manoel de Oliveira.
2011
30 Março - O filho do realizador anuncia que se gorou, por falta de acordo, a hipótese de transferência do acervo cinematográfico de Manoel de Oliveira para o edifício construído pela Câmara. Acrescenta nunca ter sido contactado sobre a instalação do espólio na Casa das Artes.
2013
15 Novembro - A Fundação de Serralves, a Secretaria de Estado da Cultura e o realizador Manoel de Oliveira assinam um protocolo para a construção da Casa do Cinema - Manoel de Oliveira. O espaço ficará no extremo nordeste do Parque de Serralves, com um projecto do arquitecto Siza Vieira e será dotado de um anfiteatro e de um local para exposições.
2014
22 Abril - O presidente da Câmara, Rui Moreira, justifica a venda em hasta pública do edifício projectado pelo arquitecto Souto Moura para acolher o espólio de Manoel de Oliveira por não fazer sentido “manter uma casa que nunca foi utilizada”.
07 Abril – A hasta pública realizada pela Câmara para tentar vender das duas fracções municipais d o imóvel denominado de Casa Manoel de Oliveira, com o valor base de licitação global de perto de 1,6 milhões de euros, não teve compradores.