Greve vai ter impactos nos comboios nesta quinta-feira

Sindicato espera forte adesão, apesar dos constrangimentos económicos dos trabalhadores.

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A CP utiliza nesta ligação o mesmo material circulante que utiliza no resto do serviço da Linha do Minho NELSON GARRIDO

Fonte oficial da Refer, empresa pública que gere a infra-estrutura ferroviária nacional, referiu que a greve “irá ter impactos na normalidade da circulação”, embora não concretizasse de que nível. “Há a expectativa de que venham a ocorrer perturbações”, acrescentou.

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Fonte oficial da Refer, empresa pública que gere a infra-estrutura ferroviária nacional, referiu que a greve “irá ter impactos na normalidade da circulação”, embora não concretizasse de que nível. “Há a expectativa de que venham a ocorrer perturbações”, acrescentou.

Já fonte oficial da CP explicou que a operadora ferroviária “está preparada para assegurar a circulação dos comboios”, muito embora esta dependa dos impactos que a paralisação venha a ter na Refer.

Apesar de a greve estar agendada para quinta-feira, é expectável que os efeitos se façam sentir já a partir da noite desta quarta-feira e se prolonguem até à madrugada do dia seguinte à paralisação.

José Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, afirmou que “espera que a greve seja o mais abrangente possível”, reconhecendo porém, que a adesão ao protesto poderá ser penalizada “pelas difíceis condições económicas que os trabalhadores hoje enfrentam”. Ainda assim, o sindicalista acredita que “haverá perturbações na circulação”.

Estes impactos poderão ser mais visíveis pelo facto de o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social não ter definido serviços mínimos a realizar no decorrer desta greve. No acórdão, determina-se apenas como obrigatória a realização dos comboios que já se encontrem em marcha à hora do início da greve, bem como de serviços de emergência e de transporte de algumas mercadorias, como amoníaco e combustível.

A greve desta quinta-feira foi convocada em protesto contra as medidas de austeridade impostas pelo actual Governo, como a redução de salários no Estado. Os sindicatos contestam ainda os futuros processos de concessão a privados de algumas linhas suburbanas da CP e a fusão entre a Refer e a Estradas de Portugal, exigindo também o cumprimento dos acordos de empresa.