Falta de médicos leva ao encerramento das Urgências de Loulé durante dois dias

Os utentes foram desviados para o Hospital de Faro, como habitualmente à beira da ruptura. Só para ter acesso à triagem os doentes teriam de esperar uma hora.

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Ministério da Saúde calculava que entre 20 a 30 mil pessoas pudessem fazer testamento vital no prazo de um ano Fernando Veludo

O vice-presidente da Câmara de Loulé, Hugo Nunes, depois de estar em contacto com o presidente do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Pedro Nunes, e Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS), declarou ao PÚBLICO: “A única garantia que temos é a promessa de que até ao dia 6 não se volta a repetir esta lamentável situação ”. A partir dessa data, explicou, “existe a promessa de que a ARS e o CHA se vão entender na forma de melhor gerir os recursos humanos”.

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O vice-presidente da Câmara de Loulé, Hugo Nunes, depois de estar em contacto com o presidente do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Pedro Nunes, e Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS), declarou ao PÚBLICO: “A única garantia que temos é a promessa de que até ao dia 6 não se volta a repetir esta lamentável situação ”. A partir dessa data, explicou, “existe a promessa de que a ARS e o CHA se vão entender na forma de melhor gerir os recursos humanos”.

O que está em causa é o entendimento entre estas duas entidades. “A nossa principal preocupação não é saber de quem é responsabilidade, o que queremos é ter a garantia de que não volta a faltar médicos nas Urgências”, declarou o autarca, acrescentando que recebeu cerca de uma dezena de pessoas a protestarem contra esta situação.

Alda Palma, nesta sexta-feira à tarde, ao deparar-se com a porta do SUB encerrada, não se conteve: “Tenho uma infecção num pé, já cá estive há uma semana e há coisas que não podem esperar”, protestou. A tripulante da ambulância da Cruz Vermelha Portuguesa (CVC), acabada de chegar, informa: “O Hospital de Faro está caótico, só para a triagem o tempo de espera é de uma hora”.

Fiona, mãe de Filipa Gonçalves, de 17 anos, hesita entre optar pelo Hospital Privado de Loulé ou arriscar a uma longa fila de espera até que a filha seja atendida. Por fim, exclamou: “Tenho mesmo de ir para Faro porque a directora de turma da Filipa disse que ela tinha de ser tratada no centro de saúde porque sofreu um acidente na aula de educação física e o seguro só assume a responsabilidade no serviço público”. De acordo com a informação prestada ao PÚBLICO, a partir das 20h00 voltariam a estar dois médicos de serviço às Urgências no Centro de Saúde.