Atlético ultrapassa Chelsea e garante final do Estádio da Luz 100% madrilena

José Mourinho falha a final da Liga dos Campeões em Lisboa depois de perder em casa por 3-1.

Foto
Diego Costa festeja o segundo golo do Atlético em Londres Toby Melville/Reuters

O treinador português do Chelsea tem um registo curioso na Champions. Sempre que chegou à final venceu (2003-04, pelo FC Porto; 2009-10, ao serviço do Inter de Milão), mas tem uma enorme dificuldade em ultrapassar as meias-finais. Em oito tentativas (cinco consecutivas nas últimas temporadas) falhou seis. Desta vez, foi o Atlético de Madrid quem bateu o pé ao setubalense, que ainda chegou a sonhar, aos 36’, quando Fernando Torres inaugurou o marcador e colocou a sua equipa em vantagem.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O treinador português do Chelsea tem um registo curioso na Champions. Sempre que chegou à final venceu (2003-04, pelo FC Porto; 2009-10, ao serviço do Inter de Milão), mas tem uma enorme dificuldade em ultrapassar as meias-finais. Em oito tentativas (cinco consecutivas nas últimas temporadas) falhou seis. Desta vez, foi o Atlético de Madrid quem bateu o pé ao setubalense, que ainda chegou a sonhar, aos 36’, quando Fernando Torres inaugurou o marcador e colocou a sua equipa em vantagem.

Mas a reacção dos espanhóis foi pronta, peremptória e desarmante. Ainda antes do intervalo empataria o encontro, passando para a frente da eliminatória, regressando para a segunda metade mais determinada em solidificar o triunfo do que em defender a curta vantagem. O resultado foram mais dois golos e um conjunto de boas defesas do guarda-redes Courtois (ironicamente emprestado pelo Chelsea) a destroçar as esperanças inglesas.

Depois de uma partida relativamente enfadonha no primeiro jogo em Madrid, muitos vaticinavam uma réplica do encontro extremamente táctico e sem grandes riscos da capital espanhola. Uma bola na barra, logo aos 6’, num cruzamento-remate de Koke prometeu algo mais, mas o jogo voltou um pouco à toada da semana anterior, sem oportunidades claras de golo. Até aos 36’, quando Willian e Hazard se associaram para servir o espanhol Torres que não falhou as redes, ainda que com a ajuda de um calcanhar adversário que traiu Courtois. O belga não voltaria a ser surpreendido.

A reacção do Atlético foi pronta e oito minutos depois empataria o encontro, num lance iniciado pelo português Tiago. O médio cruzou para a área, Juafran foi à linha de fundo e tocou para Adrián López concluir, numa jogada rápida, onde a defesa do Chelsea pareceu algo cerimoniosa.

Durante o intervalo, Simeone terá alertado os seus jogadores para os riscos da curta vantagem do Atlético e a equipa regressou para a segunda metade determinada em ampliar a sua rede de segurança. Logo aos 47’, Arda Turan testou os reflexos do veterano guarda-redes australiano Schwarzer, enquanto na outra área também Courtois passava na prova de fogo, travando um cabeceamento de John Terry.

Mourinho arriscou mais, reforçou o ataque com Eto’o, mas o camaronês, que tantas vezes já salvou o treinador português de apertos, seria agora o seu coveiro. Aos 59’, cinco minutos depois de ter entrado, derrubou Diego Costa na área, com o próprio hispano-brasileiro a transformar em golo o penálti que se seguiu.

Do lado do Chelsea, os livres de Willian levavam perigo à área espanhola (como já acontecera no lance de Terry), mas o poste e, mais uma vez Courtois, evitaram males maiores, num cabeceamento de David Luiz, aos 64’.

As hipóteses de Mourinho foram definitivamente enterradas aos 72’, quando Tiago voltou a cruzar para a área, num lance muito semelhante ao primeiro golo do Atlético, de novo com Juafran a tocar para a área, mas agora com o turco Arda Turan a fazer o papel de matador, para o 3-1 final.