O bom fotojornalismo no Museu da Electricidade

Mais de 130 fotografias da exposição do concurso World Press Photo podem ser vistas até 24 de Maio.

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O seu fotógrafo, Peter Holgersson, apresenta-nos um conjunto de quatro fotos em que o preto e branco, melancólico, sublinha uma luta em duas frentes, ambas por um primeiro lugar: a competição contra a atleta da Finlândia e a batalha contra o cancro. A força da mensagem veiculada concede ao fotógrafo o 1º prémio na categoria Histórias de Desporto do concurso World Press Photo e pode ser vista a partir de quarta-feira no Museu da Electricidade, em Lisboa.

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O seu fotógrafo, Peter Holgersson, apresenta-nos um conjunto de quatro fotos em que o preto e branco, melancólico, sublinha uma luta em duas frentes, ambas por um primeiro lugar: a competição contra a atleta da Finlândia e a batalha contra o cancro. A força da mensagem veiculada concede ao fotógrafo o 1º prémio na categoria Histórias de Desporto do concurso World Press Photo e pode ser vista a partir de quarta-feira no Museu da Electricidade, em Lisboa.

Além da fotografia vencedora do World Press Photo de John Stanmeyer, que vemos logo depois de subir as escadas da antiga Central Tejo, e da de Holgersson, podem também ser vistas perto de 130 fotografias das obras de outros 51 fotógrafos distribuídas pelas nove categorias do concurso.

Depois de comentar a foto de Stanmeyer - "uma história concreta", mas ambígua, que pode parecer a celebração da passagem do ano mas que representa afinal migrantes africanos a tentar apanhar o sinal de telemóvel na costa do Djibuti -, Femke van der Valk destacou o 1º prémio na categoria Natureza da autoria do fotógrafo da National Geographic, Steve Winter, que captou um puma no Griffith Park, mostrando o regresso destes felinos ao Oeste dos Estados Unidos nos últimos anos. Steve Winter, contou, levou 12 meses para apanhar o puma retratado.

A fotografia de Chris McGrath, capturada em Novembro de 2013 nas Filipinas, foi a vencedora do 1º prémio na categoria Notícias em Geral, mostrando a devastação causada pela passagem do tufão Haiyan mas também a esperança metaforizada pelos filipinos que fazem fila, tentando sair do país, sob um reconfortante arco-íris, conta o fotógrafo numa entrevista que pode ser ouvida através de uma aplicação desenvolvida para smartphones. A aplicação, que orienta o visitante pela exposição, pode ser descarregada de forma gratuita através do site da World Press Photo.

A comissária da exposição salientou também a fotografia com que Markus Schreiber concorreu enquanto foto singular para a categoria de Retratos Observados. O olhar decepcionado e triste de uma mulher no terceiro dia do velório do  antigo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, valeu ao fotógrafo o 1º prémio desta categoria.

Os projectos de longa duração foram também salientados por Femke van der Valk, nomeadamente o do fotógrafo Peter von Agtmael, que recebeu o 2º prémio da categoria Retratos Observados, pelo acompanhamento do quotidiano de Bobby Henline, um sobrevivente do Iraque de 42 anos, que usa os seus ferimentos e experiência na guerra para fazer stand up comedy.

À edição deste ano do concurso World Press Photo concorreram 5754 fotógrafos de 132 nacionalidades, tendo sido avaliadas perto de cem mil fotografias.

O resultado da bilheteira da exposição do Museu da Eletricidade (cada bilhete custa dois euros) reverterá para o projecto Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio (UMAD), da Fundação Gil, uma iniciativa que apoia crianças doentes.

Editado por Isabel Salema