Imaginarius, o festival de teatro de rua da Feira, vai questionar as relações humanas

É na dicotomia entre construção e desconstrução que assenta o conceito do próximo Imaginarius.

Foto

Este ano, surge pela primeira vez o Imaginarius Infantil, que funcionará das 14h30 às 19h00 nos dois dias, com uma programação pensada para o público mais novo. A bolsa de artistas de rua é também novidade. Artistas com projectos independentes, e que não necessitem de recursos técnicos, podem apresentar ideias para, de uma forma natural e minimalista, ocuparem o recinto do festival. A programação é gémea nos dois dias, não há entradas pagas e o MEO é o patrocinador principal que cola o seu nome ao evento.  

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Este ano, surge pela primeira vez o Imaginarius Infantil, que funcionará das 14h30 às 19h00 nos dois dias, com uma programação pensada para o público mais novo. A bolsa de artistas de rua é também novidade. Artistas com projectos independentes, e que não necessitem de recursos técnicos, podem apresentar ideias para, de uma forma natural e minimalista, ocuparem o recinto do festival. A programação é gémea nos dois dias, não há entradas pagas e o MEO é o patrocinador principal que cola o seu nome ao evento.  

É na dicotomia entre construção e desconstrução que assenta o conceito do próximo Imaginarius, que nasceu para se apropriar do espaço público, questionando-o, problematizando-o, revirando-lhe as entranhas. Os projectos têm dentro de si muitas questões a lançar.

O vereador da Cultura, Gil Ferreira, que nesta quarta-feira apresentou a programação, sublinha o “teor estético e artístico” do festival, mas também essa vertente de questionar o mundo. E vários assuntos prometem fazer pensar: uma sociedade fechada em si mesma, o poder da comunicação social, as presenças superficiais e efémeras das relações humanas, os actuais paradigmas do envelhecimento, do desemprego, da quebra de natalidade. Gil Ferreira fala num festival que deu à Feira o estatuto de “capital das artes de rua em Portugal”, que “está ao serviço da defesa” da “identidade dos patrimónios materiais e imateriais”, e que volta a apostar em projectos comunitários. “O festival tem assumidamente uma função pedagógica, ou não fossem os workshops e as residências artísticas uma expressão significativa do evento”, referiu.

Bruno Costa, da direcção artística do Imaginarius, realçou a “oferta plural” da próxima edição e fez uma viagem pela programação. Há muito para ver no festival que arranca às 14h30 de 23 de Maio e terminará depois das duas da manhã de 25 de Maio. A 9 de Maio, o CirkVOST chega de França para montar uma estrutura cénica com 368 peças de bambu e uma altura de 15 metros, onde decorrerá “BoO – Casa Vostra” que aborda os ritmos das relações humanas numa sociedade fechada em si mesma. Uma hora de sensações, de euforia, de indiferença, de riso, de muitas emoções. Hortzmuga Teatroa e Factoria Circular, ambas de Espanha, De Jogens da Holanda, Graeme Miller do Reino Unido e Au Tour du Nez de França, são algumas das companhias que marcarão presença no Imaginarius.

O orçamento é de 347 mil euros, 250 mil assegurados pelo orçamento municipal e 28 por cento pelo poder central e patrocinadores.