Paulo Portas diz ser necessário discurso de “emancipação face à troika”

Foto
Passos Coelho com Paulo Portas a 16 de Junho de 2011. Cinco dias depois, a 21, o Governo tomaria posse Foto: José Manuel Ribeiro/Reuters

“Sempre achei que não era muito prático o discurso meramente anti-troika, pela simples razão de que Portugal se colocou numa situação de precisar do dinheiro deles e de ter de lhes bater à porta. Mas é importante, agora que o programa está a terminar, um discurso de emancipação face à troika”, disse Paulo Portas no final do jantar assinatura do protocolo de cooperação internacional do Grupo Lena intitulado “Casas para o Mundo”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Sempre achei que não era muito prático o discurso meramente anti-troika, pela simples razão de que Portugal se colocou numa situação de precisar do dinheiro deles e de ter de lhes bater à porta. Mas é importante, agora que o programa está a terminar, um discurso de emancipação face à troika”, disse Paulo Portas no final do jantar assinatura do protocolo de cooperação internacional do Grupo Lena intitulado “Casas para o Mundo”.

Para tal, o vice-primeiro-ministro disse serem necessárias duas condições: “Capacidade de acordo político entre aqueles que podem governar o país, agora e no futuro, e vontade de compromisso social entre empregadores e representantes dos trabalhadores.”

“Um país só sai da situação em que nós estivemos com este sentido de uma só nação. Cada qual com a sua identidade porque vivemos em democracia, mas os problemas são nacionais, colocam-se a todos os governos, este e os seguintes, e tem que haver entendimento sobre as principais políticas públicas e tem de haver compromisso social entre empregadores e trabalhadores”, disse Paulo Portas.

Momentos antes, o vice-primeiro-ministro havia salientado “que a luta de classes não conduz a lado nenhum, mas o compromisso e a responsabilidade entre os que empregam e os que são empregados fazem parte do sucesso comum de uma empresa”.

Portas lembrou ainda que se “há menos de um ano, quando alguns diziam que Portugal podia crescer 0,8% em 2014, a crítica principal era ‘estão a ser optimistas’”, no momento actual, “quando se diz que Portugal vai crescer 1,2% em 2014, a crítica principal é ‘estão a ser pessimistas’” e rematou: “Antes assim.”