Rede que ia vender material de uso militar ao Irão desmantelada em Espanha

Os investigadores dizem que a falta de documentação adequada é um indicador da finalidade das peças.

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Parte do material apreendido num aimagem disponibilizada pela Guarda Civil DR

O grupo era constituído por três homens e uma mulher (três espanhóis e um iraniano), com idades entre os 40 e os 50 anos, que detinham na sua posse o material. Era uma organização "dedicada ao contrabando de equipamentos de dupla utilização, a sua intenção era entregar este equipamento industrial à República do Irão mas também enviar informação tecnológica que pode ser utilizada para o fabrico de mísseis", disse em comunicado o Ministério do Interior.

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O grupo era constituído por três homens e uma mulher (três espanhóis e um iraniano), com idades entre os 40 e os 50 anos, que detinham na sua posse o material. Era uma organização "dedicada ao contrabando de equipamentos de dupla utilização, a sua intenção era entregar este equipamento industrial à República do Irão mas também enviar informação tecnológica que pode ser utilizada para o fabrico de mísseis", disse em comunicado o Ministério do Interior.

Aos detidos foi também imputado o crime de tentativa de branqueamento de capitais.

Os agentes desta operação, denominada de Operação Terracota, apreenderam duas máquinas industriais da marca Leifeld que podem se rutilizadas para dois fins distintos. Para construir extintores de incêndio ou para montar o tubo central de um míssil. Foram também confiscado o equivalente a dez mil euros (entre moeda iraniana e euuros) e uma grande quantidade de dispositivos de armazenamento informático.

Esta operação policial foi iniciada no ano passado, quando se detectou a compra destas máquinas a uma empresa de defesa no Reino Unido. A Guarda Civil constatou que este material tinha sido introduzido ilegalmente em Espanha.

O objectivo dos compradores, de acordo com o Ministério do Interior era o de enviar este material para o Irão, apesar do embargo imposto pela União Europeia à venda de armas a países suspeitos de tentar desenvolver armas nucleares. O Ministério não confirmou que o equipamento se destinava, de facto, ao uso militar. Contudo, uma vez que não existiam licenças de exportação, sendo esta uma documentação comum quando o material é destinado para uso civil, os investigadores acreditam que essa hipótese seria a mais provável.