Governo pondera novos cortes em rendas excessivas na energia

Ministro do Ambiente diz estar a analisar mais cortes para evitar o aumento das tarifas.

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Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente Rui Gaudêncio

Em entrevista ao Diário Económico e à Antena 1, Jorge Moreira da Silva diz que os preços ao consumidor teriam aumentado em 50% “e não em 1,5% em [2013] e mais 2% este ano”. “A partir de 2016 já não teremos um défice tarifário mas um excedente e vamos eliminando até 2020 a dívida acumulada”, disse.

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Em entrevista ao Diário Económico e à Antena 1, Jorge Moreira da Silva diz que os preços ao consumidor teriam aumentado em 50% “e não em 1,5% em [2013] e mais 2% este ano”. “A partir de 2016 já não teremos um défice tarifário mas um excedente e vamos eliminando até 2020 a dívida acumulada”, disse.

Os cortes nas rendas excessivas no sector da energia somaram 3500 milhões de euros. E medidas adicionais “não se inserem já no memorando de entendimento, inserem-se num contexto pós-troika”, afirmou o ministro. Moreira da Silva diz estar a ponderar “a introdução de medidas adicionais sobre o sector energético, não exclusivamente sobre o sector eléctrico”. Esses novos cortes “visam evitar o aumento nas tarifas que estava previsto”, afirmou, acrescentando que haverá desenvolvimentos sobre este assunto em breve.

Nesta entrevista, o ministro do Ambiente sublinhou que o país não “abdicou das metas das energias renováveis”. O governante quer reposicionar Portugal “como um fornecedor de energia renovável na União Europeia, não apenas como um bom cumpridor de metas europeias”.