Câmara fotográfica que foi à Lua em 1971 leiloada por 660 mil euros

Aparelho será um dos poucos, ou o único, que fez a viagem de ida e volta. Outros foram deixados na Lua.

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A câmara Hasselblad foi à Lua e voltou ALEXANDER KLEIN

O comprador – o empresário japonês Terukazu Fujisawa, fundador da cadeia de lojas Yodobashi Camera – levou para casa um dos poucos equipamentos fotográficos utilizados na superfície lunar nas missões Apollo que pousaram na Lua, entre 1969 e 1972, e que foi trazido de volta para a Terra.

Não há dúvidas de que se trata de um aparelho sobrevivente. Os astronautas levavam as câmaras Hasselblad nos passeios na superfície lunar, acopladas ao fato espacial, à frente do peito. Accionavam-na e a câmara registava sucessivas imagens, automaticamente.

Po via de regra, só a parte que continha o filme é que regressava. Para poupar peso de modo a poder trazer mais amostras de solo lunar, os aparelhos eram normalmente deixados lá. Foram 14 no total. Pelo menos 12 ficaram na Lua.

A que foi leiloada esteve a cargo do astronauta James Irwin, o oitavo homem a caminhar na Lua, durante a missão Apollo 15. Tem o número 38 inscrito numa placa interna, que aparece nas 299 fotos tiradas na superfície lunar por Irwin. "É a prova a 100% de que esta câmara é a verdadeira e que de facto esteve na Lua", disse o proprietário da galeria fotográfica Westlicht, em Viena, que leiloou o aparelho. "Ainda tem poeira lunar", completou.

Uma segunda câmara pode ter também regressado à Terra, durante a derradeira missão Apollo 17, em 1972 – segundo as transcrições das comunicações entre os astronautas e o centro de controlo da NASA.

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O comprador – o empresário japonês Terukazu Fujisawa, fundador da cadeia de lojas Yodobashi Camera – levou para casa um dos poucos equipamentos fotográficos utilizados na superfície lunar nas missões Apollo que pousaram na Lua, entre 1969 e 1972, e que foi trazido de volta para a Terra.

Não há dúvidas de que se trata de um aparelho sobrevivente. Os astronautas levavam as câmaras Hasselblad nos passeios na superfície lunar, acopladas ao fato espacial, à frente do peito. Accionavam-na e a câmara registava sucessivas imagens, automaticamente.

Po via de regra, só a parte que continha o filme é que regressava. Para poupar peso de modo a poder trazer mais amostras de solo lunar, os aparelhos eram normalmente deixados lá. Foram 14 no total. Pelo menos 12 ficaram na Lua.

A que foi leiloada esteve a cargo do astronauta James Irwin, o oitavo homem a caminhar na Lua, durante a missão Apollo 15. Tem o número 38 inscrito numa placa interna, que aparece nas 299 fotos tiradas na superfície lunar por Irwin. "É a prova a 100% de que esta câmara é a verdadeira e que de facto esteve na Lua", disse o proprietário da galeria fotográfica Westlicht, em Viena, que leiloou o aparelho. "Ainda tem poeira lunar", completou.

Uma segunda câmara pode ter também regressado à Terra, durante a derradeira missão Apollo 17, em 1972 – segundo as transcrições das comunicações entre os astronautas e o centro de controlo da NASA.

A câmara agora leiloada pertencia a um coleccionador, que a tinha adquirido noutro leilão, em 2012.