Lições de Harmonia

O torture porn em versão cazaque suave, com a ironia um pouco redonda de quem quer abrir o filme a “múltiplas leituras” e propor ao espectador que vá caçando metáforas até chegar ao grande prémio, que é obviamente a “leitura única”: a sociedade, o mundo, incorporaram o bullying e a tortura no seu modo de funcionamento, tudo é tortura e tudo é bullying. Tudo é menos directo, mais rebuscado, de certa forma menos genuíno, do que nos filmes de Sergey Dvortsevoy (Tulpan), o mais internacionalmente (e nacionalmente, em Portugal) conhecido cineasta do Cazaquistão. Baigazin filma em função do efeito que pretende criar, da “mensagem” que tem para, digamos, “implantar”. Fá-lo bem, considerando esse propósito, mas resulta numa proposta de cinema mais vistosa do que propriamente entusiasmante.

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O torture porn em versão cazaque suave, com a ironia um pouco redonda de quem quer abrir o filme a “múltiplas leituras” e propor ao espectador que vá caçando metáforas até chegar ao grande prémio, que é obviamente a “leitura única”: a sociedade, o mundo, incorporaram o bullying e a tortura no seu modo de funcionamento, tudo é tortura e tudo é bullying. Tudo é menos directo, mais rebuscado, de certa forma menos genuíno, do que nos filmes de Sergey Dvortsevoy (Tulpan), o mais internacionalmente (e nacionalmente, em Portugal) conhecido cineasta do Cazaquistão. Baigazin filma em função do efeito que pretende criar, da “mensagem” que tem para, digamos, “implantar”. Fá-lo bem, considerando esse propósito, mas resulta numa proposta de cinema mais vistosa do que propriamente entusiasmante.