Bruxelas afasta risco imediato de deflação na Europa

Aumento dos preços na zona euro deverá fixar-se em 1% este ano.

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"O risco de uma deflação imediata é bastante distante", reforçou terça-feira Olli Rehn Nuno Ferreira Santos

"Dado o reforço progressivo da retoma e a recuperação da confiança, a probabilidade de choques suficientemente importantes para fazer a União Europeia entrar em deflação é marginal", afirma a Comissão Europeia nas suas previsões económicas do Inverno.

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"Dado o reforço progressivo da retoma e a recuperação da confiança, a probabilidade de choques suficientemente importantes para fazer a União Europeia entrar em deflação é marginal", afirma a Comissão Europeia nas suas previsões económicas do Inverno.

Segundo Bruxelas, o aumento dos preços na zona euro será de 1% este ano e de 1,3% no próximo. Estes valores são muito inferiores ao limiar à volta de 2% que constitui a definição de inflação do Banco Central Europeu (BCE) para a concepção da sua política monetária.

"O risco de uma deflação imediata é bastante distante", reforçou Olli Rehn, comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e financeiros, durante a apresentação das previsões à imprensa. Isto, sublinhou, tanto mais que "o BCE afirmou com muita clareza que fará tudo o que for preciso para contrariar qualquer tendência" nesse sentido.

Rehn sublinhou que uma inflação baixa é parte do processo de reequilíbrio das economias dos países mais frágeis, como Portugal, Espanha ou Grécia, em resultado sobretudo das reduções de despesas e salários. Mas, ao mesmo tempo, o comissário reconheceu que uma inflação muito baixa no conjunto da zona euro representa um problema para a recuperação económica destes países, que enfrentarão assim dificuldades acrescidas para ganhar competitividade face aos seus concorrentes do Norte da Europa.

"Uma inflação muito baixa durante um período de tempo prolongado na zona euro provocará riscos para o reequilíbrio da economia", reconhece a Comissão.