Viseu quer transformar edifício no centro histórico em hostel

Almeida Henriques, presidente da câmara, está convencido de que o futuro "hostel" será "mais uma âncora, mais uma dinâmica" criada dentro do centro histórico

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Adriano Miranda

Um edifício do centro histórico de Viseu que é propriedade da autarquia deverá futuramente ser transformado num "hostel", de forma a dotar a cidade de uma unidade hoteleira inserida no segmento de baixo custo.

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Um edifício do centro histórico de Viseu que é propriedade da autarquia deverá futuramente ser transformado num "hostel", de forma a dotar a cidade de uma unidade hoteleira inserida no segmento de baixo custo.

O presidente da câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), explicou à agência Lusa que o objectivo é ter uma unidade hoteleira "que permita acolher estudantes, gente ligada à cultura, jovens que andam em itinerância pelo mundo".

O edifício tinha sido adquirido em 2009 por 521 mil euros para ser reabilitado. "Chegou a estar equacionado transformá-lo num edifício para residências", recordou. O novo executivo reavaliou a situação e "face à dimensão do edifício", que dá para a rua do Comércio e para a rua D. Duarte, ao facto de "ser paredes meias com a incubadora (de empresas) e de ficar próximo do mercado 2 de Maio", no centro histórico, entendeu que "era a localização certa para este 'hostel'".

"A câmara não tem vocação para construir um 'hostel' e explorá-lo. Vai é à procura de parceiros que estejam interessados e abre um concurso de conceção/construção/exploração de um espaço que será uma mais-valia para o centro histórico", explicou.

Segundo o autarca, a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) está neste momento a preparar o concurso público que deverá ser lançado ao longo deste primeiro semestre. "A expectativa que eu tenho é que, depois da adjudicação, num prazo de dois anos, possa estar a funcionar o 'hostel'", avançou, acrescentando que já há "três potenciais interessados".

Almeida Henriques está convencido de que o futuro "hostel" será "mais uma âncora, mais uma dinâmica" criada dentro do centro histórico, no âmbito de uma estratégia para esta zona da cidade, que em breve deverá ser colocada em debate público.

O edifício tem cave, rés-do-chão, 1.º e 2.º andares e sótão, com uma área aproximada de implantação de 260 metros quadrados e com uma área total de construção de 1.120 metros quadrados. O restauro do edifício é ainda considerado "viável e desejável", uma vez que apresenta "relevantes elementos decorativos a preservar", como estuques e carpintarias.