Era uma vez... no Pavilhão Encantado

O Pavilhão do Conhecimento preenche, sem dúvida, uma lacuna na área das exposições interactivas, onde se descobre que os bichos de sete cabeças afinal não são assim tão complicados

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Pedro Soenen

Agora que o Inverno finalmente veio, como se preconizava na "Guerra dos Tronos", as opções para laurear a pevide escasseiam e resolvemos voltar ao museu. Mas não a um museu qualquer, pois querendo escolher um espaço o mais interactivo possível para a Guadalupe, a solução foi, naturalmente, o Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, em Lisboa. Aqui podemos encontrar exposições permanentes e temporárias relacionadas com as várias disciplinas da Ciência, tão pedagógicas como divertidas. E, ao contrário do que poderia parecer, o espaço oferece experiências para uma larga faixa etária, ao ponto de nos depararmos com graúdos a brincar e a testar tudo o que ali encontravam!

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Agora que o Inverno finalmente veio, como se preconizava na "Guerra dos Tronos", as opções para laurear a pevide escasseiam e resolvemos voltar ao museu. Mas não a um museu qualquer, pois querendo escolher um espaço o mais interactivo possível para a Guadalupe, a solução foi, naturalmente, o Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, em Lisboa. Aqui podemos encontrar exposições permanentes e temporárias relacionadas com as várias disciplinas da Ciência, tão pedagógicas como divertidas. E, ao contrário do que poderia parecer, o espaço oferece experiências para uma larga faixa etária, ao ponto de nos depararmos com graúdos a brincar e a testar tudo o que ali encontravam!

A Guadalupe, no auge do seu quase ano e meio, apesar de lhe escaparem por enquanto as subtilezas das leis da física, nem por isso deixou de delirar com a dinâmica de algumas peças. Poder ver e tocar em bolas de sabão de tamanho XXL foi uma loucura! Eu e a Guadalupe compusemos ainda uma magnífica melodia no tapete da música e entre saltos e sons, divertimo-nos bastante. A pequena queria tocar em todos os botões ao mesmo tempo, de tão entusiasmada que estava. A exposição actualmente patente — "Era uma vez... Ciência" — fez-me sonhar mal soube da sua existência e, mesmo não sendo ainda propriamente para a idade da Guadalupe, aventurámo-nos pelo bosque encantado! Aqui tenta-se explorar o lado científico dos contos infantis, através de pequenos desafios e de uma explicação original e rigorosa dos pormenores mais emblemáticos de cada um, como se reais fossem.

O sensorial e o simbólico

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A Guadalupe não deixou de delirar com a dinâmica de algumas peças Pedro Soenen

Estará aberta até Agosto e está muito bem conseguida: alia o acto sensorial (tecnologia) ao resultado simbólico (magia) sem deixar de ser muito querida, com as personagens caracterizadas de forma sensível. Testar o sopro do Lobo Mau nas casas dos Três Porquinhos, manipular uma marioneta de tamanho humano como se fosse o Pinóquio (mas que não responde aos nossos gestos, deixando-nos completamente baralhados), entrar na casa da Alice no País das Maravilhas e, por pura ilusão óptica, uma pessoa pequena tornar-se numa grande e uma grande numa pequenina, descobrir que, afinal, o Lobo Mau do Capuchinho Vermelho é daltónico ou tentar perceber se a Branca de Neve sofre de despigmentação...Há tudo isto e muito mais! Em todos os equipamentos disponíveis podemos explorar o lado científico destas histórias que nos remetem para a infância, mas sem que estas percam o seu encanto.

Depois desta aventura entre tantas imagens, sons e texturas, chegava a hora de pôr em acção o olfacto e o paladar! Um almoço oportuno no Amo.te Ciência evitou-nos uma grande molha, pois está inserido no próprio Pavilhão. Graças aos menus do dia, a deliciosa refeição fica bastante em conta e a Guadalupe comeu connosco à mesa, sentada numa cadeira própria e ainda experimentou o fraldário. O Pavilhão do Conhecimento preenche sem dúvida uma lacuna na área das exposições interactivas, onde se descobre que os bichos de sete cabeças afinal não são assim tão complicados, nem metem tanto medo.