Politécnico de Leiria apoia 200 alunos sem bolsa

A criação do programa "teve em conta o contexto difícil que o país atravessa e que afecta implicitamente os estudantes, na medida em que torna mais penoso às famílias suportarem os encargos com a sua frequência do ensino superior", explica Miguel Jerónimo, administrador dos Serviços de Acção Social do IPL.

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A criação do programa "teve em conta o contexto difícil que o país atravessa e que afecta implicitamente os estudantes, na medida em que torna mais penoso às famílias suportarem os encargos com a sua frequência do ensino superior", explica Miguel Jerónimo, administrador dos Serviços de Acção Social do IPL.

Em 2013, o programa apoiou 203 estudantes, que se juntaram aos quase 1800 bolseiros da instituição. A maioria dos beneficiários do FASE não pôde candidatar-se a bolsas por apresentar uma capitação no limiar do que está estabelecido no regulamento de atribuição de bolsa de estudo, mas também há quem não tenha aprovação ao número mínimo de créditos ECTS exigidos (o sistema ECTS mede as horas que o estudante tem que trabalhar para alcançar os objectivos do programa de estudos) ou tenha ficado arredado porque não tem nacionalidade portuguesa. Os estudantes dos PALOP são, de resto, alguns dos principais beneficiários deste apoio.

O FASE pretende responder a carências identificadas que não podem ser completamente ultrapassadas pelos tradicionais formatos de apoio social, nomeadamente as bolsas de estudo. Em troca de um apoio financeiro — que pode ultrapassar os mil euros — os estudantes trabalham voluntariamente nas cantinas, residências, laboratórios, bibliotecas ou apoiando colegas com necessidades educativas especiais. "Para a maior parte dos envolvidos, esta colaboração é a diferença entre prosseguir os estudos superiores e ter de abandonar por falta de recursos económicos", defende Miguel Jerónimo.