Benfica segura liderança da Liga com triunfo sobre o Marítimo

Dois golos de Rodrigo marcados ainda na primeira parte decidiram o jogo.

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Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP

Dos 22 jogadores que foram titulares no Funchal na jornada inaugural do campeonato, mantiveram o estatuto apenas dez, cinco para cada equipa. Uma evidência daquilo que mudou nas duas equipas nos últimos meses.

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Dos 22 jogadores que foram titulares no Funchal na jornada inaugural do campeonato, mantiveram o estatuto apenas dez, cinco para cada equipa. Uma evidência daquilo que mudou nas duas equipas nos últimos meses.

Com os sobreviventes Luisão, Garay, Enzo Pérez, Gaitán e Rodrigo, a equipa da casa entrou pressionante no encontro, com Fejsa a ocupar o lugar de Matic no meio-campo defensivo, como era expectável. Pela frente, os lisboetas encontraram um Marítimo a jogar com um bloco baixo e compacto, fechando todos os acessos à sua baliza e sem quaisquer veleidades atacantes. A estratégia correu bem até a equipa de Pedro Martins cometer erros primários e oferecer, de bandeja, dois golos ao adversário.

No primeiro, aos 19’, um passe rasgado de Nico Gaitán foi cortado em carrinho por um defensor maritimista, que acabou por assistir Rodrigo. O hispano-brasileiro agradeceu e, mais ou menos do mesmo sítio onde marcou contra o FC Porto, há uma semana, voltou a não falhar.

O plano A dos insulares ia para o lixo. E pelos motivos habituais. A equipa de Pedro Martins tem alguma qualidade atacante, mas defensivamente continua a ser desastrosa, o que lhe vale a modesta posição que ocupa na tabela classificativa. Mesmo assim, recorrendo às armas que lhe são reconhecidas, procurou responder ao golo, obrigando Oblak (que regressou à titularidade, depois de ter cedido o lugar a Artur na Taça da Liga) a duas boas intervenções, aos 24’, a remates de Derley e Nuno Rocha.

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A partida prometia ser mais repartida, mas foi pura ilusão. Aos 35’, novo erro crasso dos madeirenses valeria o segundo golo à equipa da casa. João Diogo perdeu uma bola no meio-campo e Rodrigo (ligeiramente adiantado no momento do corte de Markovic) isolou-se numa correria que só parou com a bola de novo no fundo das redes de José Sá. Estava confirmado o terceiro golo do avançado em dois encontros para o campeonato.

Para o segundo tempo, Pedro Martins reforçou o ataque, com a entrada do médio ofensivo Theo Weeks (para o lugar de Marakis). O liberiano trouxe alguma rapidez ao ataque, mas os resultados demoraram a causar preocupações junto da baliza de Oblak. Com os madeirenses mais subidos no terreno, aproveitou o Benfica para ensaiar velozes contra-ataques, que estiveram muito perto de resultar no terceiro golo.

Rodrigo foi o primeiro perdulário da segunda metade, desperdiçando na malha lateral um lance que tinha selo de “hat-trick”, aos 54’. Lima, pouco visível no ataque na primeira metade, deu também um ar da sua graça, aos 67’ e 80’, mas acabou por perder os duelos com José Sá. Aos 77’, foi a barra a impedir nova festa na Luz a remate de Enzo Pérez. E até o árbitro terá ajudado à festa ao não penalizar um derrube de Markovic na área maritimista, aos 75’.

Tanto desperdício motivou o Marítimo para tentar o golo de honra nos instantes finais, mas Oblak estava atento, defendendo com a mão direita um remate de Heldon, que se conseguiu isolar. O marcador não sofreria mesmo mais alterações, com os “encarnados” a justificarem o triunfo e a vingarem a escorregadela nos Barreiros.