Metro de Lisboa já voltou a circular

Estações reabriram às 10h25, depois de terem estado fechadas devido à greve parcial dos trabalhadores da empresa.

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Fim dos complementos significa poupanças de 25 milhões na Metro de Lisboa e na Carris PÚBLICO/Arquivo

"Às 10h25 já tínhamos passageiros e composições a circular", indicou fonte da empresa citada pela agência Lusa.

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"Às 10h25 já tínhamos passageiros e composições a circular", indicou fonte da empresa citada pela agência Lusa.

Desde a semana passada que os trabalhadores do metro têm em curso uma greve parcial por semana, por tempo indeterminado. O sindicato fala numa adesão praticamente total à greve. Em declarações à Lusa por volta das 7h40, Paulo Machado, da Federação dos Sindicatos dos Transportes, confirmou que as estações do metro estavam encerradas e adiantou que, "apesar de ser relativamente cedo" e de alguns operacionais "entrarem só às 8h", a adesão está "muito próxima dos 100%".

Esta paralisação faz parte de um conjunto de acções de protesto que arrancaram em Outubro, em conjunto com outras empresas públicas de transportes. Este ano, a primeira greve parcial ocorreu a 2 de Janeiro, seguida de uma paralisação no passado dia 9.

Além dos protestos desta quinta-feira, está já marcada uma nova greve parcial para 23 de Janeiro. Os trabalhadores decidiram parar uma vez por semana em 2014, se não conseguirem ver satisfeitas as suas reivindicações.

Tal como tem acontecido até aqui, há um reforço da operação da Carris (que se fundiu operacionalmente com a Metro de Lisboa em 2012) para mitigar os impactos desta greve. Esse reforço acontece nas carreiras 726, 736, 744 e 746.

Os trabalhadores protestam contra medidas inscritas no OE para este ano, nomeadamente o agravamento das reduções remuneratórias no Estado e a suspensão dos complementos de reforma. Além disso, estão contra a nova lei das empresas públicas, que os equipará a funcionários públicos em termos do pagamento do subsídio de refeição, trabalho nocturno e suplementar e ajudas de custo. Os sindicatos contestam ainda os planos do Governo para concessionar as empresas públicas de transportes a privados, que se pretende que aconteça em 2014.