Cavaco pede empenho aos emigrantes de topo para credibilizar Portugal no estrangeiro

Num ano, o Conselho da Diáspora Portuguesa reuniu 52 conselheiros, um quarto do objectivo a médio prazo da organização. Presidente quer que divulguem a boa imagem do país.

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Na foto de família, Cavaco e Passos partilharam os lugares centrais Enric Vives-Rubio

Cavaco Silva, que falava na reunião anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, na cidadela de Cascais, pediu também às três dezenas de conselheiros que “ajudem a identificar outros portugueses que ocupam posições de destaque nas áreas da economia, cultura, cidadania e ciências e que, além da ligação afectiva que mantêm com Portugal, possam manter agora uma ligação mais empenhada em casos concretos para ajudar ao desenvolvimento económico e social do país”.

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Cavaco Silva, que falava na reunião anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, na cidadela de Cascais, pediu também às três dezenas de conselheiros que “ajudem a identificar outros portugueses que ocupam posições de destaque nas áreas da economia, cultura, cidadania e ciências e que, além da ligação afectiva que mantêm com Portugal, possam manter agora uma ligação mais empenhada em casos concretos para ajudar ao desenvolvimento económico e social do país”.

O Conselho de Diáspora Portuguesa foi constituído há precisamente um ano, então com 24 conselheiros, e esta segunda-feira acolheu mais alguns, contando-se já um total de 52 – um quarto dos 200 que a entidade estabeleceu como objectivo para mapear. Estão espalhados por 16 países em quatro continentes. Trata-se, nas palavras de Cavaco Silva, de um “grupo de excelência de portugueses que ganharam projecção através do seu mérito, da sua experiência, e são altamente considerados. Demonstra bem a evolução que teve a nossa diáspora nas últimas décadas, no reforço da qualificação.”

“Este Conselho surgiu como resposta a um repto que lancei no ano passado no sentido de mais vozes de portugueses se juntarem às de políticos e diplomatas para projectar Portugal no estrangeiro pela positiva e até para corrigir alguma informação que existe no estrangeiro em relação ao nosso país. Ou então fornecer informação que não tem chegado de forma adequada e assim ajudar a melhorar a credibilidade e a difundir as potencialidades de Portugal”, afirmou o Presidente da República. Que apontou a principal tarefa da direcção do Conselho da Diáspora: “Fornecer informação do Portugal positivo.”

“Leio artigos da imprensa estrangeira e vejo que ou há desinformação deliberada ou há falta de informação. E vocês podem ajudar a uma informação mais compatível com a realidade portuguesa”, acrescentou. A credibilidade e a boa imagem contribuem para que os empresários estrangeiros escolham investir em Portugal, para aumentar o número de turistas, para que os consumidores de outros países comprem os produtos lusos, para aumentar as parcerias de entidades estrangeiras com os institutos científicos nacionais, enumerou o Presidente. O que dará decerto mais crescimento económico e emprego em Portugal, somou Cavaco Silva.

Na reunião, que incluiu três painéis de discussão, participaram também, ainda que apenas em parte das sessões, o primeiro-ministro, o vice-primeiro-ministro, os ministros da Economia e dos Negócios Estrangeiros, o presidente da Comissão Europeia e o secretário-geral do PS.